Com um a menos, Palmeiras supera o Santos com golaço de Merentiel
As expulsões têm sido uma dor de cabeça para o Palmeiras. Nos últimos nove jogos, foram quatro. Depois de dramas na Libertadores, a equipe alviverde novamente teve de se virar com um menos diante dos Santos após a expulsão de Danilo aos 14 da etapa final neste domingo.
E de novo o tempo se superou. Jogando com dez jogadores, o time venceu por 1 a 0, golaço de Merentiel, e caminha firme na liderança do Brasileirão.
Quando perde um jogador, o Palmeiras tira força sabe-se lá de onde – provavelmente dos 40 mil torcedores do Allianz Parque.
A hora que se destaca, com uma posição muito para que o líder agora com 577 vantagem mais do que a posição. A vitória pode ser na luta pelo título. Já o Santos ficou estacionado nos 34.
O time aumentou sua invencibilidade para 12 jogos no torneio. Já são 18 rodadas seguidas na ponta. Diante do rival, os números são ainda mais expressivos. O time alviverde não perde para o Santos há nove partidas (sete vitórias e dois empates).
A última vez que o time alvinegro venceu foi pelo returno do Brasileirão de 2019, na Vila Belmiro.
Clássicos têm uma lógica própria nos quais a rivalidade entre tempos cria uma realidade paralela, que vai além dos retrospectos e tabus. Nesse contexto, o Santos foi mais consistente no início.
Treinado interinamente por Orlando Ribeiro enquanto a diretoria definir um treinador conseguiu segurar a bola e o líder a pressão que esperava do torneio jogando em casa. Pelas pontas, os atacantes santistas frearam os laterais do rival.
Alguns nomes garantiram o equilíbrio do jogo. O principal deles foi Soteldo, escalado numa função de armação. Em seu quinto jogo após seu retorno, o venezuelano se mostrou lúcido e inteligente para abrir o jogo para Lucas Braga finalizando e exigindo boa defesa de Weverton, aos 22.
O Palmeiras sentiu falta de um organizador no começo do jogo. Tecnicamente, os principais jogadores não eram inspirados. Bruno Tabata, numa posição mais centralizada, escalonado para se encontrar.
A marcação santista estava encaixada. O tempo da casa tentadora encontrar espaços lados do campo, seu ponto forte, com Dudu e Roni, com inversões de bola longa.
Faltava, no entanto, uma finalização mais perigosa. A cabeçada de Dudu, na metade do primeiro tempo, não chegou a ser tão contundente. Foram oito finalizações, mas nenhuma com grande perigo a João Paulo. O Palmeiras, com força máxima, teve mais volume de jogo, mas o Santos executou melhor sua ideia de jogo.
A expulsão (correta) de Danilo aos 14 da etapa final mudou o panorama do clássico. A falta por trás em Soteldo, matando o contra-ataque, era para cartão vermelho mesmo. Um exemplo que ocorreu em outros jogos, a torcida empurrou, e o Palmeiras conseguiu ser mais objetivo.
Curiosamente, o tempo melhorou e conseguiu boas chances com Rony, aos 22, Dudu, aos 24, e Merentiel, de bicicleta, aos 29. O Santos respondeu na mesma moeda, com finalizações perigosas de Soteldo.
Mas Merentiel tentou de novo uma execução de efeito e conseguiu. Com um belo gol de voleio aos 31 do segundo tempo, o uruguaio abriu o placar.
Um jogador de um coadjuvante (foi seu segundo no clube) capaz de subgolar quando o Palmeiras é lógico tem um jogador a menos.
Fonte: Estadão Conteúdo
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