Fiéis católicos participam da primeira missa na Furna do Morro Três Irmãos em Jaicós, celebrada pelo padre Miguel feitosa

Domingo (17.out) foi um dia histórico para fiéis católicos do povoado Várzea Queimada, zona rural de Jaicós.

Bem cedo às 4h da manhã, eles se reuniram na Igreja de São Sebastião com cânticos e orações, e logo que amanheceu o dia, seguiram em procissão conduzindo as imagens de São Sebastião e  Nossa Senhora das Mercês pela Pela PI que liga o povoado, passando pela BR-407 em direção à Furna do Morro dos Três Irmãos, local onde morou o fundador da Várzea Queimada, João Raimundo Barbosa.

Após a chegada das imagens foi celebrada a primeira missa no local pelo padre Miguel Feitosa, vigário da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês em Jaicós.

Após a missa o padre e a comunidade decidiram em comum acordo que o dia 1º de novembro, Dia de Todos os Santos, será instituído como o dia oficial para a celebração no local.

O padre Miguel Feitosa falou sobre a realização da missa na Furna e como se originou a celebração: “Desde quando eu cheguei aqui em Jaicós,  eu ouvia falar sobre esse espaço. Conversando também com o povo de Várzea Queimada, dona Mariinha, ela se propôs de vir comigo e um grupo. Eu disse: olha, nós vamos conhecer, vamos estudar uma maneira da gente também celebrar lá, mas eles anteciparam. Juntaram-se os homens, a juventude  e o povo de Deus e fizeram esse primeiro esse encontro. Antes, fizeram a limpeza do espaço, abriram a estrada, e hoje, a minha primeira vinda aqui a gente já celebra”, e propôs “para que a gente fique visitando esse espaço anualmente. Que esse espaço seja um espaço sagrado, assim como foi um um local que acolheu famílias, um local que foi instituído à população da Várzea Queimada. Um espaço onde as pessoas possam vir rezar”, concluiu.

Dona Maria Silva, 74 anos, neta de João Raimundo Barbosa, que morou na Furna por vários anos, antes de ir para Várzeas Queimada, estava visivelmente emocionada: “Estou satisfeita, era meu sonho mostrar isso aqui. Toda a família está realizada. Fico imaginando depois da missa quando eu chegar em casa a satisfação que eu vou ficar”, confidenciou.

Olhando para dentro da furna, dona Maria Silva relembrou seu avô: “Meu pai me contou que ele morou aqui, antes de ir para a Várzea”, e apontando com o dedo descreveu “ali era o quartinho, ali era o aviamento (local em que a mandioca era transformada em goma ou farinha), aqui a roda, a cruz, tudo isso meu pai me contava quando eu ainda morava no Maranhão. Eu tinha vontade de mostrar tudo isso para os filhos, netos, bisnetos, a história da nossa família”, disse.

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Por Portal Saiba Mais

 

 

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