Nenê dá vitória ao Fluminense contra o Bahia e leva a equipe para a 5ª posição
O Fluminense continua em ascensão no Brasileirão. Graça a um gol solitário do meia Nenê, o time superou o Bahia por 1 a 0, no Maracanã, neste domingo, e já está na quinta colocação.
Depois de amargar eliminação dura na Copa do Brasil e entrar em crise, o Fluminense se fechou para “dar resposta ao torcedor”. A meta era provar que a queda diante do Atlético-GO foi um acaso.
A resposta está vindo em grande estilo. Mesmo não atuando bem diante do Bahia, fez o suficiente para somar mais três pontos. São quatro jogos de invencibilidade, com três vitórias e um empate. E 24 pontos somados, ultrapassando o Palmeiras
Por justiça, o técnico Odair Hellmann optou pela manutenção dos jogadores que atuaram nas últimas rodadas. Os recuperados da covid-19 ficaram todos na reserva, entre eles os ex-titulares Calegari, Luccas Claro e Luiz Fernando.
Igor Julião, Digão e Fred foram mantidos, também, por contribuírem bastante na soma dos sete de nove pontos disputados nesta fase na qual o Fluminense encarou o surto da covid-19. Foram dez infectados.
A aposta de Hellmann era nos experientes Nenê e Fred. E a primeira grande chance do Fluminense surgiu aos 28 minutos, justamente com a dupla. O atacante escorou e o meia bateu forte. Douglas espalmou. Do lado baiano, o chute de Gilberto raspando a trave foi o lance mais perigoso dos visitantes. O primeiro tempo teve muito estudo, equilíbrio e raras chances de gol.
A etapa final começou com o Fluminense quase abrindo o placar. Fernando Pacheco ganhou na velocidade e bateu na trave. A bola voltou nos braços do goleiro Douglas pare sorte do Bahia. Fred estava na área esperando a sobra.
Dono do segundo melhor ataque do Brasileirão, o Fluminense só chegou novamente aos 21. Bola enfiada para Nenê que foi empurrado pelas costas na área. Depois de quase quatro minutos de análise no VAR, o árbitro marcou o pênalti. E o meia cobrou com categoria: 1 a 0.
Mano Menezes levou amarelo por reclamação e ainda bateu boca com Hellmann. Justificou que foi “ombro a ombro”. O treinador do Fluminense respondeu que “ombro não é nas costas”.
Se o Bahia pouco produziu no Maracanã, seu técnico deu um show. Mano passou o jogo inteiro gritando, gesticulando, reclamando de tudo. Se irritou com jogador que ficou esperando bola no pé, deu bronca em cobrança de falta longe do alvo e ainda decretou ao árbitro: “você não apita mais”. A bronca era pelo pênalti marcado. No fim ainda chamou José Mendonça da Silva Júnior de “vagabundo”.
Não tendo nada a ver com o desequilíbrio do ex-treinador da seleção brasileira, o Fluminense festejou muito o apertado triunfo. De jogo em jogo, vai apagando a má impressão da queda na Copa do Brasil e ganhando posições na tabela.
Por Fabio Hecico, especial para a AE
Estadão Conteúdo