Aposentado atira três vezes em vizinho gay: ‘Viado tem que morrer”

As agressões teriam começado no sábado (21), quando a vítima promoveu uma festa no prédio.

Um homem recebeu três tiros de um vizinho no centro de São Paulo, neste domingo (22). Amigos e testemunhas afirmam que o autor dos disparos fez insultos homofóbicos, antes e depois de atirar. A polícia prendeu o aposentado Adel Abdo, 89, em flagrante. O caso foi registrado como tentativa de homicídio pelo 2º DP Bom Retiro. As informações são do UOL.

As agressões teriam começado no sábado (21), quando a vítima promoveu uma festa no prédio onde mora na República, centro da capital. Um participante afirma que o aposentado ameaçou “meter bala” nos convidados, que “viado tinha que morrer” e que não queria “gay no prédio dele”. “Para ser sincero, a confusão só começou porque era uma festa com pessoas gays”, relata o amigo Igor Fernandes.

Contador recebeu três disparos

No domingo (22), o aposentado esperou na entrada do prédio e disparou três vezes. Um dos projéteis acertou o rosto do contador Rafael Dias, de 33 anos, que foi internado e operado na Santa Casa de Misericórdia. O quadro de saúde é considerado estável. Com a chegada da polícia militar, o autor entregou um revólver calibre 22 e confessou o crime. 

O advogado da vítima, José Beraldo, vai defender que o crime seja investigado como homofobia. Desde junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) considera a homofobia como crime de racismo. Na prática, autores de ataques contra LGBTs podem ter a punição aumentada de um a três anos de prisão ou multa. 

Após a publicação da reportagem, o aposentado foi liberado e terá que manter distância da família da vítima, não portar armas, manter endereço fixo e acatar ordem da Justiça para prestar depoimento.

Aposentado foi liberado depois do crime

 

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