Bolsonaro diz que governo vai conversar com WhatsApp sobre eleições

Presidente quer questionar empresa sobre acordo com o TSE para supostamente limitar funcionalidades do aplicativo

O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) disse neste sábado, 16, que o governo deve encontrar representantes do WhatsApp para conversar sobre a atividade do aplicativo nas eleições. As declarações foram dadas em entrevista à CNN.

Bolsonaro afirmou que pretende ouvir dos representantes da empresa do grupo Meta detalhes sobre a relação do aplicativo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pelo acordo recentemente firmado, novas funcionalidades, como as comunidades para grupos de milhares de pessoas, vão entrar em vigor no país apenas depois das eleições de outubro.

“Já conversei com o Fábio Faria (ministro das Comunicações), vai conversar com representante do WhatsApp aqui no Brasil para explicar. Se pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?”, afirmou o presidente no Guarujá (SP), onde está passando o feriado de Páscoa.

“Vou buscar o CEO do WhatsApp essa semana e quero ver que acordo é esse. Se é para o mundo todo, não posso fazer nada, agora, só para o Brasil, e volta a ser para o mundo todo depois das eleições, quer prova mais clara de interferência como essa na liberdade de expressão?”, acrescentou.

Bolsonaro falou em censura na sexta

Na última sexta-feira, durante ‘motociata’ com apoiadores em Americana (SP), Bolsonaro afirmou que o acordo entre o aplicativo de mensagens e o Tribunal Superior Eleitoral é um ato de censura. Em fevereiro deste ano, o WhatsApp e outras redes sociais firmaram uma parceria com o TSE para “combater” notícias falsas.

Na última quinta-feira, o WhatsApp anunciou que vai permitir aos usuários o envio de mensagens a milhares de pessoas ao mesmo tempo. No entanto, a funcionalidade vai ser liberada no Brasil apenas depois do período eleitoral. Em outros países, o recurso já está disponível.

“O que tomei conhecimento nesta manhã é simplesmente algo inaceitável, inadmissível e inconcebível”, disse o chefe do Executivo. “O WhatsApp passa a ter uma nova política para o mundo, mas uma especial, restritiva, para o Brasil. Isso após um acordo com três ministros do Tribunal Superior Eleitoral. Cerceamento, censura e discriminação. Isso não existe”, afirmou Bolsonaro na última sexta.

Por Revista Oeste

 

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