China invade celulares para monitorar manifestantes

Protestos contra o governo e a política de tolerância zero com a covid-19 tomaram conta do país nas últimas semanas

Para inibir manifestações contra a ditadura, o Partido Comunista da China (PCC) adotou uma série de métodos de vigilância extrema. Ao prender ativistas pró-democracia, o PCC confisca-lhes os celulares para obter informações pessoais e identificar os próximos movimentos dos grupos anti-PCC.

Desde o início da semana, uma série de protestos tomou conta da China, em virtude da volta da política de covid-19 zero. O governo restabeleceu os lockdowns e as pessoas denunciam falta de comida e de água, além dos abusos de direitos humanos cometidos pelo regime autoritário.

“A prioridade da polícia tem sido acessar os celulares dos manifestantes”, disse Shengsheng Wang, advogada que presta assistência jurídica a mais de 20 manifestantes de várias partes da China, à agência de noticias Deutsche Welle (DW), em reportagem publicada nesta sexta-feira, 2. “Enquanto alguns conseguiram recuperar seus telefones depois de serem liberados, outros ainda não conseguiram reaver os aparelhos com a polícia, mesmo após seres soltos

Nas grandes cidades, como Xangai, policias passaram a abordar pessoas nas ruas, exigindo que elas apaguem aplicativos de mensagem, como Telegram, Twitter e Instagram, e, em alguns casos, até tomam o aparelho do cidadão.

“Suspeito que a polícia tenha identificado que estou usando o Telegram”, afirmou uma pessoa em caráter de anonimato à DW. “Recebi duas ligações diferentes da polícia me alertando para não compartilhar nada sobre a pandemia ou os protestos. Meu pai também recebeu uma ligação ameaçadora.”

Fonte: Revista Oeste

WhatsApp do Portal Saiba Mais: (89) 99922-3229

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Portal Saiba Mais