Cidade do Piauí com maior percentual de indígenas tem 1 a cada 10 habitantes; veja números do IBGE

O IBGE divulgou dados sobre a população indígena no Brasil. Embora a quantidade de autodeclarados tenha aumentado 141% em 10 anos, o Piauí tem o 5º menor percentual de indígenas do país.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (7) os dados relativos à população indígena do Censo de 2022. Em Lagoa de São Francisco, cidade que fica 208 km ao Norte de Teresina, uma a cada dez pessoas se declararam indígena durante a pesquisa.

No Piauí todo, há 7.198 indígenas em uma população de 3.269.200 milhões habitantes.Lagoa de São Francisco possui 6.331 habitantes, 681 se declararam indígenas, o que equivale percentualmente a 10,76% dos moradores. Em números absolutos, Piripiri, também no Norte do estado, é a cidade com maior número de indígenas com 1.370 pessoas.

Embora a quantidade de autodeclarados tenha aumentado 141% em 10 anos, o Piauí tem o 5º menor percentual de indígenas do país, totalizando 0,22%. O estado que mais possui indígenas é Roraima com 15,29%, no Norte do país, com 97.320 indígenas. Porém, em números absolutos o Amazonas é que tem mais pessoas dos povos originários: 490.854 moradores.

Outras cidades do Piauí com mais indígenas percentualmente em sua população são: Currais 6,69; Paulistana 2,98; Baixa Grande do Ribeiro 2,19; Piripiri2,09; Queimada Nova 1,99; Bom Jesus1,11 e Uruçuí 1,04.

Quilombolas

Na semana passada o IBGE divulgou os números relacionados à população quilombola no Brasil. A comunidade Lagoas é o terceiro território com maior população desses povos no país.

Ao todo, são 5.164 residentes. Destes, 5.042 se declaram quilombolas. No ranking, os territórios de Alcântara, no Maranhão (9.344), e Alto Itacuruçá, Baixo Itacuruçá, Bom Remédio, no Pará (5.638), ocupam a primeira e segunda posição, respectivamente.

Em todo o Piauí, 31.686 pessoas se identificam como quilombolas. Elas estão em 75 municípios do estado.

Lagoas está em processo de regularização territorial desde 2019. O Instituto de Regularização Fundiária e do Patrimônio Imobiliário do Piauí (Interpi) é responsável por elaborar Relatórios Técnicos de Identificação e Delimitação (RTID), que reúnem informações fundiárias e cadastrais das famílias. Em abril deste ano, duas equipes estiveram na comunidade para realizar atividades de campo.

Atualmente, a Cova da Tia é visitada por pessoas em busca de proteção ou cura e que atribuem à Tia as bênçãos alcançadas. No local, os fiéis organizam danças de São Gonçalo e rezas de terço como homenagem e pagamento pelas graças recebidas. O quilombo agrega adeptos de religiões de matriz africana, católica e evangélica.

IBGE, pela primeira vez, permite autoidentificação como quilombola — Foto: Divulgação/IBGE

IBGE, pela primeira vez, permite autoidentificação como quilombola — Foto: Divulgação/IBGE

Ainda conforme o Censo Demográfico 2022, no Piauí, são quilombolas 93,15% dos moradores em domicílios particulares onde reside pelo menos uma pessoa quilombola. O número é o maior do país e indica que a população quilombola reside em domicílios com menos heterogeneidade étnica entre os moradores.

Dos 72,4 milhões domicílios particulares permanentes ocupados recenseados no Brasil, 473.970 têm pelo menos um morador quilombola, o que corresponde a 0,65% dos domicílios.


Fonte:  g1 PI


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