Com queda no isolamento social, Firmino decide ‘fechar’ o transporte coletivo: “Não tive escolha”
Um dia após Teresina registrar o menor índice de isolamento social desde o início da quarentena, por conta da pandemia do novo coronavírus, o prefeito Firmino Filho anunciou que vai “fechar” o serviço de transporte coletivo na capital. A partir da próxima semana, só terão acesso aos ônibus as pessoas que precisam trabalhar nos serviços essenciais.
“Vamos ter que fechar o transporte coletivo da cidade, local em que, comprovadamente, é o maior foco de transmissão do novo coronavírus na cidade, fora os hospitais. Medida dura, que relutei demais. Mas não tive escolha e não terei todas as vezes que for preciso”, diz o prefeito na publicação do Twitter em que informa da decisão.
O controle de usuários, avisa Firmino, será feito pela Strans. A liberação de vales-transportes será autorizada apenas para as empresas que prestam esse tipo de serviço.
Nas publicações, ele rebateu ainda questionamentos sobre o caso das empregadas domésticas, que dependem do transporte público. “Muita gente me pergunta sobre as empregadas domésticas que precisam pegar transporte coletivo diariamente. Gente, doméstica precisa estar em casa também. A Claudia, que trabalha com a gente, está em casa desde o começo da quarentena”, explica.
Só ontem, Teresina contabilizou 60 novos casos de Covid-19. Ao todo, 383 teresinenses já foram contagiados pelo vírus e onze morreram. Números que preocupam, pelo acelerado crescimento nos últimos dias.
Firmino sustenta que a situação na cidade é sim preocupante, e alerta que o descumprimento do isolamento pode levar a situação mais radical, como em São Luís (MA), onde a justiça decretou lockdown, maior restrição possível para o combate ao coronavírus, que suspende todas as atividades não essenciais, e impede o trânsito de pessoas e veículos, exceto em caso de deslocamento para compra de alimentos e medicamentos.
“Vamos viver os dias que venho alertando desde o começo. Parem de achar que Teresina será diferente de todo o mundo. Essa vaidade não faz bem. Vejam São Luís, onde foi decretado lockdown? Isso é bem pior que essa quarentena que vivemos”, ressalta.
Fonte: 180graus