COVID-19: Prostitutas em MG pedem prioridade na vacinação
Impedidas de trabalhar devido a pandemia, as profissionais do sexo decidiram suspender o atendimento. Em BH, a paralisação não acontece em todos os locais
Impedidas de trabalhar devido a pandemia de COVID-19 e a onda roxa que foi instaurada em Minas Gerais, as profissionais do sexo decidiram suspender atendimentos e pedir para o governo que sejam prioridade na vacinação contra a COVID-19.
De acordo com a presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig), Cida Vieira, além de serem alvo de preconceito, essas mulheres acabaram sendo as mais prejudicadas durante a pandemia.
“Muitas de nós tivemos nossa moradia tirada. Estamos à frente dessa pandemia. Somos vulneráveis. Precisamos ser vistas como prioridade porque estamos impedidas de trabalhar”, afirma. “Muitas não tem mais o que comer. Somos mais de 3.000, isso só na Guaicurus. Perdemos pessoas”, informa.
De acordo com Cida, mesmo tomando todos os cuidados contra COVID-19, com uso de álcool em gel e máscara, não há condição do trabalho voltar. Isso porque a profissão conta com o toque com o cliente. Além disso, a presidente garantiu que não há previsão de retorno.
“O movimento de prostitutas entende que somos prioridade por estarmos na rua todos os dias. Sofremos muito preconceito. A sociedade que nos julga é a mesma sociedade que prestamos serviço”, disse.
Apesar da paralização, na tarde desta quinta-feira (01/04), os famosos hotéis na Guaicurus estavam funcionando normalmente.
A prefeitura de Belo Horizonte tem atuado no enfrentamento da insegurança alimentar de diversos públicos em situação de risco. Segundo Cida, as prostitutas foram incluídas nesse projeto.
Em parceria com o Clã das Lobas, a Aprosmig abriu uma casa de apoio para mulheres que precisarem de ajuda. A associação pede doações de cestas básicas.
PARA DOAR:
Contato: (31)32011799
CAIXA ECONÔMICA FEDERAÇ
CONTA: 53456-0 013
AGENCIA: 0084