Crise na saúde: CRM-PI aprova interdição ética no Hospital Geral do Buenos Aires em Teresina

Porta do hospital amanheceu nesta quinta (1º) com o aviso da interdição e a proibição de admissão de novos pacientes.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí (CRM-PI) aprovou na noite desta quarta-feira (30) a Interdição Ética Parcial no Hospital Geral do Buenos Aires, que fica na zona norte de Teresina. Desde fiscalização realizada pelo Conselho, no dia 27 de outubro, a instituição foi colocada em Indicativo de Interdição Ética. De acordo com o órgão, não houve correção dos problemas detectados – que vêm acarretando riscos para o tratamento da população, bem como comprometendo a prestação dos serviços dos médicos – os conselheiros decidiram por anexar na porta de entrada do hospital o aviso de interdição na manhã desta quinta-feira (1º).

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí (CRM-PI) aprovou na noite desta quarta-feira (30) a Interdição Ética Parcial no Hospital Geral do Buenos Aires, que fica na zona norte de Teresina. Desde fiscalização realizada pelo Conselho, no dia 27 de outubro, a instituição foi colocada em Indicativo de Interdição Ética. De acordo com o órgão, não houve correção dos problemas detectados – que vêm acarretando riscos para o tratamento da população, bem como comprometendo a prestação dos serviços dos médicos – os conselheiros decidiram por anexar na porta de entrada do hospital o aviso de interdição na manhã desta quinta-feira (1º).

A medida de Interdição Ética Parcial aprovada pelo corpo de conselheiros do CRM-PI significa que a partir do aviso anexado no hospital nenhum paciente será admitido, sob pena de responder perante o Conselho. Os pacientes que estiveram internados e não puderem ser encaminhados para outras unidades ficarão sob supervisão médica até a alta. A interdição também é por tempo indeterminado, mas assim que as irregularidades forem sanadas, a desinterdição será feita.

(Foto: Nathalia Amaral /  ODIA)

Problemas encontrados no Hospital

O CRM-PI informa que a interdição ética foi a medida final tomada depois de seis fiscalizações realizadas durante o ano de 2022 com comunicação aos gestores do hospital e da FMS sobre as várias irregularidades flagradas nas fiscalizações.

Na última fiscalização realizada nesta quarta-feira, foram identificados os mesmo problemas, como: ausência frequente de soro fisiológico levando a transferências de pacientes, falta de administração e medicações que dependem da solução, tratamento inadequado de pacientes (necessidade de volume para tratamento eficaz sem realização por falta da solução), falta de tubo orotraqueais em estoque tamanho 7.5 e 8.0 (os mais usados em adultos), ausência de algumas medicações analgésicas e antibióticos, escala de neonatologia incompleta comprometendo a segurança dos recém-nascidos da maternidade, aparelhos de fototerapia antigos e com baixa eficiência, falta de luvas de procedimento em tamanho pequeno e médio, entre outros fatos enumerados no relatório técnico do CRM-PI.

A interdição também visa resguardar os médicos, de forma que não trabalhem sem as condições mínimas necessárias para salvar vidas.

(Foto: Nathalia Amaral /  ODIA)

Outro lado

Procurada para se posicionar, a assessoria da FMS informou apenas que o “presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, dará uma entrevista coletiva hoje (01), às 10h, para esclarecimentos sobre a interdição do Hospital do Buenos Aires pelo CRM”.

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Fonte: CRM-PI

 

 

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