Justiça adia julgamento de ex-deputado réu por homicídio no PI

Hildebrando Pascoal já foi condenado por liderar um grupo de extermínio no Acre e ter envolvimento com diversos outros crimes.

Atualizada às 11h43

O julgamento do ex-deputado federal e ex-coronel da Polícia Militar do Acre, Hildebrando Pascoal Nogueira Neto, que aconteceria na manhã desta quarta-feira (13) em Parnaguá, foi adiado a pedido da defesa do réu. Segundo o Tribunal de Justiça do Piauí, por ter assumido a defesa há pouco tempo, o advogado do réu alegou que não teve tempo hábil para analisar os autos, pois o caso é complexo, com mais de 11 volumes.

No entanto, o julgamento do ex-policial militar Raimundo Alves de Oliveira, também acusado por envolvimento no assassinato de José Hugo Alves Júnior foi mantido. O réu deverá ser ouvido por videoconferência, já que se encontra preso no sistema prisional do Acre.

O julgamento de Hildebrando Pascoal foi marcado para às 8h do dia 19 de maio de 2020, no mesmo local.

Matéria original

O ex-deputado federal e ex-coronel da Polícia Militar do Acre, Hildebrando Pascoal Nogueira Neto, conhecido como “deputado da motosserra”, será julgado na manhã desta quarta-feira (13) na primeira sessão do Tribunal do Júri por meio de videoconferência no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí. O julgamento irá ocorrer na comarca de Parnaguá, a 825 km de Teresina. 

O ex-deputado federal já foi condenado há mais de 80 anos de prisão por liderar um grupo de extermínio no Acre e ter envolvimento com diversos outros crimes, como tráfico de drogastentativa de homicídio e corrupção eleitoral

‘Deputado da motosserra’ já foi condenado a mais de 80 anos de prisão. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

Hildebrando Pascoal e o ex-policial militar Raimundo Alves de Oliveira são acusados de homicídio contra José Hugo Alves Júnior, que ficou conhecido como “Caso Huginho”. O crime aconteceu em janeiro de 1997. A vítima era suspeita de ter assassinado o subtenente Itamar Pascoal, irmão de Hidelbrando, e havia fugido para a divisa do Piauí e Bahia, em 1996, sendo localizado na cidade de Parnaguá em janeiro de 1997.

Os dois acusados, serão ouvidos por meio de videoconferência, realizada com uso de ferramenta disponibilizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aos Tribunais de Justiça do Piauí e do Acre. Além do sistema de videoconferência, o TJ-PI também enviou equipes de segurança e de tecnologia até a comarca para assegurar a realização da sessão. 

Segundo o Tribunal de Justiça, o uso da videoconferência para a realização dessa sessão do Júri é fundamental, uma vez que os dois acusados estão custodiados no estado do Acre. “Inclusive, Hidelbrando Pascoal passa por problemas de saúde que levaram à si prisão domiciliar. Então, essa ferramenta de videoconferência disponibilizada pelos Tribunais de Justiça do Piauí e do Acre é primordial para a prestação jurisdicional neste caso”, declarou o magistrado José Sodré, que presidirá a sessão.

Entenda o caso

Em 2009, Hidelbrando Pascoal foi condenado pela morte de Agilson Firmino, o ‘Baiano’, caso que ficou conhecido popularmente como ‘Crime da Motosserra’. Firmino teria auxiliado na fuga de José Hugo Alves Júnior, suspeito de ter assassinado Itamar Pascoal, irmão do ex-deputado, após uma discussão em um posto de gasolina da capital.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Piauí (MP-PI), em janeiro de 1997, Hildebrando Pascoal conseguiu localizar José Hugo em Parnaguá, teria levado a vítima para o município de Formosa do Rio Preto (BA), onde teria sido torturada assassinada. O ex-deputado também teria sequestrado e cometido cárcere privado contra esposa e filhos de José Hugo.

 

Fonte: Portal O Dia

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