JBS, dos irmãos Batista, deu 650 mil para Osmar Junior e 695 mil para Iracema, diz delator

Consta na relação divulgada com exclusividade pelo Jornal O Estado de São Paulo que a deputada federal Iracema Portela (Progressista) recebeu R$ 695 mil da empresa JBS para financiamento de campanha eleitoral em 2014. Osmar Júnior (PCdoB), atualmente cotado para assumir importante cargo no governo de Wellington Dias (PT), também figura entre os maiores beneficiados com 650 mil reais.

No Piauí, a JBS “investiu” nas eleições de 2014 o equivalente a R$ 2.385.874,00. A lista com quase 100 páginas foi entregue à Justiça por Ricardo Saud, um dos diretores da multinacional.

O Blog Código do Poder fez o levantamento dos nomes de políticos que disputaram as eleições em 2014. Alguns nomes podem não ter sido detectados por causa da ausência de informação dos estados, em alguns casos. Na lista, resumida, constam os nomes, os partidos, os valores anotados pela JBS e as páginas onde os respectivos podem ser encontrados entregues à Procuradoria Geral da República.

Candidatos piauienses a deputado federal receberam dinheiro da JBS – Imagem: Reprodução/Código do Poder

Ao, todo, a planilha soma quase R$ 400 milhões em financiamentos de campanha de 1.829 candidatos. Segundo Ricardo Soud, parte foi paga pela via legal e registrado na Justiça Eleitoral, parte também foi paga através de Caixa 2. Porém, o executivo garante que, seja pela via legal aprovada pela Justiça Eleitoral ou Caixa 2, o dinheiro faria parte da propina negociada e distribuída aos partidos políticos.

Ciro Nogueira e o Carvalho Supermercado:

Outro piauiense que está na mira da Operação Lava jato é o senador Ciro Nogueira (PP), a quem o delator garante que foram entregues R$ 2,4 milhões dentro de um supermercado, em Teresina. A lista da empresa de Joesley Batista foi divulgada em primeira mão no blog do Fausto Macêdo.

A planilha completa contém anotações com o nome e telefone do senador Ciro Nogueira na página 70 e outra anotação na página 73. Na página 76, mais uma vez aparece o nome do senador e o nome do supermercado de Teresina (Comercial Carvalho) o qual o delator Ricardo Soud se referiu como sendo o local onde teriam sido entregue dinheiro para a campanha. A partir de agora, a lista deve provocar novos desdobramentos, assim como aconteceu com a lista da Odebrecht.

 

Fonte: Carta Piauí

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