JN detalha investigações contra Ciro e menciona pagamentos através de irmãos

Relatório da Receita indica coincidência de datas em que irmão do senador recebeu dinheiro vivo e retirada de dinheiro junto ao Carvalho

Por Apoliana Oliveira

A reportagem do Jornal Nacional deu detalhes da investigação contra o senador Ciro Nogueira, que desencadearam a operação deflagrada nesta sexta-feira (22), pela Polícia Federal, para o cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao político piauiense.

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Como já informado, a investigação apura a suposta compra de apoio político para o Partido dos Trabalhadores, por intermédio de Ciro Nogueira. A propina, pouco mais de R$ 42 milhões, teria sido paga de duas formas, segundo o que apurou a Procuradoria-geral da República.

Uma parte foi através de doações oficiais ao Progressistas, e outra parte em dinheiro vivo, por intermédio do Comercial Carvalho.

E explica o JN: “esquema funcionava assim: o supermercado Carvalho comprava mercadorias da JBS e, ao invés de pagar a JBS pelos produtos, repassava o dinheiro ao irmão do senador Ciro Nogueira, Gustavo Nogueira. Gustavo foi alvo de buscas e de intimação”.

Na decisão da ministra Rosa Weber, que autorizou os sete mandados cumpridos ontem pela PF, é reproduzido relatórios da Receita Federal, que conclui: “A análise dos fatos aqui expostos revela que Ciro Nogueira foi de fato beneficiado pelo pagamento de R$ 5 milhões em espécie por orientação de dirigentes do grupo JBS”.

Há, menciona a reportagem de Camila Bonfim, uma “coincidência de datas”, entre o período em que Gustavo Nogueira recebeu dinheiro em espécie, com as datas de retiradas de valores junto ao Carvalho. Pagamentos estes realizados por meio de outro irmão do senador, Raimundo Neto e Silva Nogueira Lima, que chegou a ser intimado pela Receita, mas não explicou adequadamente da origem dos recursos.

Na foto, Gustavo Nogueira Lima e Raimundo Nogueira Lima, irmãos de Ciro

Outro lado

Ao Jornal Nacional, a defesa de Ciro, a mesma que representa o partido e o irmão Gustavo Nogueira, declarou que as acusações são improcedentes. O Grupo Carvalho apontou que todos os pagamentos feitos são em decorrência do fornecimento de mercadorias, com as respectivas notas fiscais e documentos. 

A J&F afirmou que o grupo e seus executivos são colaboradores da justiça e estão comprometidos com programas de combate à corrupção para que os erros do passado não se repitam. O PT não se manifestou. Raimundo Nogueira Lima não foi encontrado pela equipe do JN, informou a emissora.

 

Fonte: JN e Portal 180graus

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