Jovem com facão invade creche e deixa adulta e três crianças mortas em SC

Três crianças morreram no ataque a creche em Saudades Imagem: Reprodução/RecordTV

Um jovem de 18 anos armado com um facão invadiu hoje uma creche municipal em Saudades, a 446 km de Florianópolis (SC), e desferiu golpes em crianças e adultos dentro do estabelecimento de ensino, segundo a Polícia Militar. A PM confirmou pelo menos quatro mortes no local, sendo três de crianças, e mais uma pessoa ferida em estado grave.

A Polícia Civil informou que duas crianças morreram no local e uma terceira morreu após atendimento médico no hospital em Saudades. Todos são alunos e tinham menos dois anos, confirmou o delegado Jerônimo Marçal.

De acordo com a PM, o atentado aconteceu na CEI (Centro de Educação Infantil) Pró-Infância Aquarela, para crianças de até 3 anos, após o homem entrar e “golpear com arma branca tipo facão” professores e alunos. Saudades tem população de cerca de 9 mil pessoas e fica na região de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina.

Ele foi preso na rua após tentar fugir, sendo encaminhado para atendimento médico e estado grave no Hospital Beneficente de Pinhalzinho, cidade vizinha. O rapaz não tem passagem pela polícia.

“Uma das professoras ainda [está] com vida, em estado grave, outra professora e dois alunos em óbito confirmados [no local]”, informou em nota a PM, inicialmente. Depois, houve a confirmação da terceira morte.

De acordo com a Polícia Civil, o jovem invadiu a escola por volta das 10h. Ele primeiro atacou uma professora de 30 anos que estava na entrada do prédio. A vítima chegou a correr do suspeito, mas foi alcançada pelo homem e morreu na escola. Após atacá-la, ele teria entrado em uma sala de aula e desferido os golpes nas crianças.

Existiam quatro alunos e uma funcionária da escola na sala. Três crianças morreram, sendo duas ainda no colégio. Outra teve ferimentos leves. Já uma funcionária apresenta estado de saúde grave.

“Ele começou a atacar a professora, que correu para uma sala onde tinham crianças. Lá nessa sala, ele agrediu outras pessoas”, disse o delegado Jerônimo Marçal, em entrevista à Rádio Vale FM.

“Intenção dele era fazer o maior número de vítimas”

Mais tarde, o delegado Jerônimo Marçal ainda disse que a intenção do suspeito era “fazer uma barbárie”. Existiam 30 crianças dentro da escola.

De acordo com a investigação preliminar, a tragédia não foi maior porque as professoras perceberam o atentado e trancaram as outras salas que tinham aulas no momento.

“Ele teria deixado o local e foi abordado por populares. Neste momento, ele tentou contra a própria vida, mas não conseguiu. (…) O que entendo até o momento é que a intenção dele era fazer a barbárie e o maior número de vítimas possível e tentar suicídio, mas não conseguiu se matar”, acredita o delegado.

A informação preliminar apurada pela investigação aponta que o suspeito chegou em uma bicicleta e não tem problemas mentais aparentes, segundo informações repassadas pela família.

A Polícia Civil já apreendeu um computador usado pelo jovem, que passará por perícia.

Homens pararam ataques, diz prefeito vizinho

Em entrevista à BandNews FM, o prefeito da cidade de Chapecó, João Rodrigues (PSD), afirmou que o jovem é de uma família conhecida da cidade de Saudades e que seu ataque foi interrompido por populares.

“É um jovem de família muito boa, não se sabe se teve um desequilíbio mental. Ele matou duas crianças, matou uma professora e só não foi mais longe porque ouve intervenção de um metalúrgico e de um pedreiro, que pegaram o garoto e o interromperam com golpes de barras de ferro”, afirmou João Rodrigues.

“Não se tem confirmação se foi um surto repentino, ou se foi algo desses jovens de internet. O jovem é de uma família conhecida na cidade, pessoas de bem, não é uma família com problemas. A mãe do garoto está com problemas de câncer. E os motivos, ninguém sabe. Ele foi levado para um hospital da cidade de Pinhalzinho. Ele tentou suicídio e foi ferido pelos populares, para pará-lo, porque ele não ia parar seu ataque”, concluiu o prefeito de Chapecó.

 

Fonte: UOL

 

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