Laboratório no Piauí atua na extração e manipulação de veneno de abelha

Substância tem usos bactericidas e anti-inflamatórios e se torna mais uma fonte de renda no Estado.

Que o Piauí tem na apicultura uma de suas principais fontes de riquezas já não é novidade. Mas o Estado conta agora com uma unidade de processamento do veneno de abelha no laboratório da Unidade de Extração de Apitoxina da Codevarpi (Cooperativa de Desenvolvimento Rural do Vale do Rio Piracuruca).

apitoxina é a substancia encontrada no ferrão de abelhas do gênero Apis e os testes feitos com ela já apresentam resultados promissores onde se destacam seu efeitos bactericidas e anti-inflamatórios. As primeiras coletas da apitoxina no Piauí ocorreram em meados de 2020 após uma demanda da própria Codevarpi e serviram para treinamento dos apicultores e para ajustes na pesquisa com a substância.

Hoje, o laboratório já conta com freezers de armazenamento do veneno de abelha para posterior manipulação. A coleta se inicia a partir das placas usadas na máquina que fica ligada à colmeia. Cada máquina usa pelo menos seis placas e opera por cerca de 25 minutos, tempo necessário para captar o veneno de cada enxame. Estas placas são transportadas em caixas de aço inoxidável até o laboratório, onde são postas em uma estufa para a secagem a frio. Em seguida, é feito o processo de raspagem da apitoxina.

“A estufa tem capacidade para secar até 24 placas de uma vez. Quando termina, elas vão para a raspagem, que é onde acontece a retirada de fato do veneno para que seja limpado. Quando a raspagem termina, a apitoxina vai para uma peneirinha de aço inoxidável onde é feita a limpeza, porque às vezes vem alguma asa de abelha, por exemplo. Ao final, o veneno é armazenado em pequenos frascos de plástico”, detalha Saturnino Mendes, presidente da Codervarp.

Uma vez armazenados nos frascos, o veneno de abelha é envolto em papel alumínio para não pegar claridade e acondicionado em freezers a uma temperatura ideal para sua conservação até que ele seja comercializado. Vale lembrar que, uma vez manipulada em laboratório, da apitoxina pode-se retirar inclusive a melitina, uma substância usada na produção de medicamentos e de produtos de beleza como cremes faciais.

 

Por Portal o Dia

 

 

 

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