Líder da Al Qaeda é morto pelos EUA em um ataque com ‘drone’

Ayman al-Zawahiri era considerado o sucessor de Osama bin Laden no grupo terrorista

Os Estados Unidos anunciaram na segunda-feira 1º, a morte do líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, em um ataque de drone no Afeganistão.

“Foi organizado de maneira meticulosa para que apenas atingisse o alvo”, disse o presidente Joe Biden, acrescentando que nenhum civil “ou pessoa inocente” foi atingido ao anunciar a operação.

“Nunca mais iremos permitir que o Afeganistão seja um porto seguro para terrorismo. Queremos deixar claro que sempre cumpriremos nossas promessas”, adicionou.

A autorização para o ataque com drones foi dada pelo próprio chefe do Executivo após informações mostrarem que al-Zawahiri estava em Cabul, capital do Afeganistão, e que o cenário era propício, conforme explicou.

De acordo com a Casa Branca, “um ataque aéreo sob medida” usando dois mísseis Hellfire foi realizado na noite de sábado, 30 de julho. A operação não tripulada, autorizada por Biden depois de semanas de reuniões com seu gabinete e conselheiros-chave, atingiu o esconderijo onde vivia o terrorista.

Zawahiri, que acabou de completar 71 anos, permaneceu como um símbolo internacional do grupo após a morte de Osama Bin Laden.

O alvo da operação chegou a atuar como médico pessoal de Bin Laden, morto há 11 anos pelos Estados Unidos.

O Departamento de Estado dos EUA havia oferecifo uma recompensa de até US$ 25 milhões, cerca de R$ 130 milhões, por informações que levassem diretamente à captura de Zawahiri.

Aliado próximo de Bin Laden

Zawahiri vem de uma distinta família egípcia, de acordo com o jornal New York Times. Seu avô, Rabia’a ​​al-Zawahiri, era um imã, uma espécie de sacerdote, da Universidade al-Azhar, no Cairo. Seu tio-avô, Abdel Rahman Azzam, foi o primeiro secretário da Liga Árabe — organização de estados árabes.

Zawahiri estava constantemente em movimento quando a invasão do Afeganistão liderada pelos EUA começou após os ataques de 11 de setembro de 2001.

A certa altura, ele escapou por pouco de um ataque americano na região montanhosa e acidentada de Tora Bora, no Afeganistão. O ataque, no entanto, deixou sua esposa e filhos mortos.

Ele fez sua estreia pública como militante muçulmano quando estava na prisão. Ele foi detido pelo seu envolvimento no assassinato do presidente egípcio Anwar Sadat, em 1981.

Naquela época, al-Zawahiri, um jovem médico, já era um terrorista comprometido que conspirou para derrubar o governo egípcio por anos e procurou substituí-lo pelo regime islâmico fundamentalista. Ele orgulhosamente endossou o assassinato de Sadat depois que o líder egípcio fez as pazes com Israel.

Ele passou três anos na prisão após o assassinato de Sadat. Após sua libertação, ele foi para o Paquistão, onde tratou de combatentes feridos que lutaram contra a ocupação soviética do Afeganistão. Foi quando conheceu Bin Laden e encontrou uma causa comum.

Por Revista Oeste

 

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