Médicos cirurgiões pedem demissão coletiva do Hospital Regional de Picos

O comunicado foi feito a direção técnica e a coordenação de cirurgia do Hospital.

A situação precária e sub-humana de trabalho no Hospital Regional Justino Luz (HRJL), em Picos, atrasos salariais, motivaram sete médicos cirurgiões pedirem demissão coletiva na última quarta-feira (25). O comunicado foi feito a direção técnica, a coordenação de cirurgia do Hospital e ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí (CRM-PI).

A reportagem do Portal Folha Atual entrevistou dois cirurgiões que atuam no HRJL. Por telefone, os profissionais que pediram para não terem a identidade revelada, informaram que a categoria está há cinco meses sem receber pagamento e que os mesmos não possuem contratos formais de trabalho.

Diante da falta de condições laborais mínimas, os médicos cirurgiões contratados entregaram a escala de plantões à coordenação de cirurgia. O setor hoje conta com três profissionais concursados e sete contratados que estão lotados em plantões durante toda a semana para atender os pacientes.

Os profissionais ainda informaram ao Folha Atual que se a situação não for reparada, na próxima terça-feira (1) não haverá cirurgiões para realizar atendimentos. Os mesmos reivindicam que sejam efetuados pelo menos os pagamentos de maio e junho de 2019, bem como seja definido um calendário fixando datas para pagamento dos atrasados para que assim possam retornar as atividades.

“Sabemos que a situação afeta diretamente a população, as pessoas que precisam de atendimento, mas tem se tornado inviável trabalhar sem receber. Falta medicamentos, insumos, faltou até água, vimos acompanhantes carregando água em baldes para dar banho nos seus familiares, a situação é caótica. Aqui destaco que até o momento ainda não fomos procurados pela direção do Hospital”, informou o cirurgião.  

O Folha Atual também buscou contato com a assessoria do HRJL, onde foi informado que nesta sexta-feira (27), no turno da tarde, ocorrerá uma reunião com profissionais para discutir as condições de trabalho e buscar alternativas para sanar as deficiências atuais.  

Vale ressaltar que os atrasos salariais também atingem técnicos e enfermeiros que estão há quatro meses sem receber pagamento.

Fonte: Folhaatual

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