Morre Tuka Rocha, ex-piloto de Stock Car vítima de queda de avião na BA

O acidente ocorreu enquanto a aeronave tentava pousar na pista de um resort de luxo localizado na praia de Barra Grande

O ex-piloto de Stock Car, o paulistano Tuka Rocha não resistiu aos ferimentos sofridos na queda de um avião bimotor Cessna 550 na tarde de quinta-feira 14, em Maraú, no sul da Bahia, e morreu na tarde deste sábado. A informação foi confirmada pelo piloto Luciano Burti, durante a transmissão dos treinos livres para o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 no canal SporTV. Tuka estava internado no Hospital Geral do Estado, em Salvador, e havia sofrido queimaduras graves no acidente.

Tuka completaria 37 anos no próximo dia 13 de dezembro. Atualmente, o ex-piloto administrava o kartódromo Speedland, localizado no bairro do Tatuapé, na capital paulista. Presente na Stock Car Brasil entre 2011 e 2018, Rocha venceu uma corrida na principal categoria do automobilismo nacional. Ele também teve passagens pelos campeonatos da Fórmula 3 sul-americana, Fórmula 3000 italiana e a Superleague, finada categoria cujas equipes defendiam as cores de tradicionais time de futebol – Tuka era piloto do carro do Flamengo.

A queda do avião já havia deixado uma vítima fatal: Marcela Elias, figura muito conhecida na alta sociedade paulistana. Marcela era casada com Eduardo Elias, filho de Jorge Elias, um dos maiores decoradores do Brasil, e Lucila. Marcela, que era jornalista e atuou por muitos anos como relações públicas, morreu carbonizada.

Seu filho de seis anos e o marido também estavam a bordo. Conforme a secretária de Saúde de Maraú, Juliana Lemos, eles ficaram com 90% do corpo queimado e são os feridos em estado mais grave. Ainda segundo Juliana, as outras vítimas apresentam queimaduras que cobrem entre 30% a 40% dos corpos.

O avião transportava amigos e parentes para um final de semana na Bahia. Também estavam a bordo Maysa Mussi, Eduardo Mussi (irmão do deputado Guilherme Mussi), Cristiano Rocha, Marcelo Constantino Alves, Marie Cavelan, Fernando Oliveira e o piloto da aeronave, Aires Napoleão Guerra.

Segundo a prefeitura de Maraú, a aeronave pegou fogo — ainda não se sabe se devido a algum problema que pode ter causado a queda ou se em função do choque com o solo, ocorrido por volta das 14h.

Em entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, o deputado estadual de São Paulo Delegado Olim (PP) informou que os passageiros do avião são da família do deputado federal licenciado Guilherme Mussi (SP), presidente do PP em São Paulo.

“Eles têm uma fazenda lá em Maraú, essa pista é da família. Foi descer o avião e pegou fogo. O irmão dele estava com a esposa, a moça que morreu é irmã da mulher dele [do irmão de Mussi], tem uma criança também. Eles estavam em oito no avião. O irmão dele conseguiu falar com o pai dele, que está fora do Brasil, está todo mundo meio em estado grave no hospital. Até está mandando um avião UTI para a Bahia para ver se vão transferir alguém pra cá”, relatou Olim.

O bimotor pertence ao banqueiro José João Abdalla Filho, conhecido como Juca Abdalla, dono do Banco Clássico e um dos homens mais ricos do Brasil. A reportagem entrou em contato com o banco, que não forneceu nenhuma informação sobre a aeronave ou sobre o paradeiro do proprietário.

De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o bimotor prefixo PT-LTJ, registrado em nome de Abdalla, foi fabricado em 1981, adquirido em agosto de 2015, e estava com o certificado de aeronavegabilidade em situação regular. Registrado para realizar serviços aéreos privados, o bimotor não pode ser utilizado como táxi-aéreo comercial.

(com Agência Brasil)

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