Motoristas e cobradores de ônibus fazem segundo dia de paralisação em Teresina

O Setut informou que há baixa circulação de veículos nas quatro zonas da cidade, com quantidade praticamente zerada de carros em operação devido à paralisação. A Strans informou que foram cadastrados mais de 80 veículos para o transporte de passageiros.

Os trabalhadores do transporte público de Teresina continuam em paralisação pelo segundo dia consecutivo. O movimento, organizado sem a participação do sindicato da categoria, afirma que os trabalhadores estão recebendo menos de um salário mínimo por mês, e não recebem mais plano de saúde e auxílio-alimentação. Esta já é a segunda vez que a categoria paralisa serviços este ano.

Na segunda-feira (25) a Prefeitura de Teresina anunciou que repassaria R$ 600 mil para as empresas do transporte público, referente ao pagamento de ticket-alimentação dos trabalhadores.

Ao G1, representantes do movimento afirmam que, até as 7h30 desta terça, o pagamento não foi realizado. Após o pagamento, os trabalhadores devem se reunir em assembleia para decidir os rumos da greve.

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) informou que há baixa circulação de veículos nas quatro zonas da cidade, com quantidade praticamente zerada de carros em operação por conta da paralisação.

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou que estão circulando 16 ônibus, dos 300 que estariam em atividade. Aidna segundo o órgão, foram cadastrados mais de 80 veículos para o transporte de passageirosLeia a nota completa da Strans no fim desta reportagem.

Categoria exige pagamento

 

Motoristas e cobradores de ônibus paralisaram as atividades em Teresina — Foto: TV Clube

Motoristas e cobradores de ônibus paralisaram as atividades em Teresina — Foto: TV Clube

De acordo com o motorista Antônio Cardoso, da organização da paralisação, os trabalhadores receberam apenas uma parte do salário no inicio de janeiro. Eles teriam tentado uma negociação com a prefeitura para receber 40% do salário, que estaria atrasado, mas não houve acordo.

“A gente resolveu de vez, com essa manifestação, parar por tempo indeterminado enquanto não se resolva essa questão. O prefeito nos recebeu, chegou a falar que teve um encontro com os empresários, mas não vimos efeito”, disse.

O motorista Francisco Carvalho relatou que os trabalhadores têm recebido apenas o dinheiro referente às horas que trabalham, e assim recebem valor menor que o salário mínimo. Além disso, ticket-alimentação e plano de saúde teriam sido cortados. O regime teria começado ainda no início da pandemia.

“Esse mês, por exemplo, meu salário foi R$ 500. Dessa vez tivemos a adesão de trabalhadores que nunca aderiram a greves, porque a situação é insuportável”, contou.

Segundo a organização, a manifestação não é feita através do sindicato da categoria, mas pelos próprios trabalhadores.

Leia abaixo a íntegra da nota da Strans:

A STRANS informa que realizou fiscalização na madrugada de hoje e constatou que, dos 300 ônibus para circular durante o período da pandemia, apenas 16 estão em atividade.

Do total de 64 ônibus previstos para a frota do Consórcio Poty, apenas 15 estão circulando. No Consórcio Theresina apenas um ônibus está fazendo linha de um total de 78 previstos. Foi identificada paralisação completa nos Consórcios Urbanus e Transcol.

Para suprir a necessidade do usuário, desde ontem (25), a STRANS está cadastrando transporte para minimizar os danos causados pela paralisação. Até o momento, forma cadastrados mais de 80 veículos para realizarem o transporte do usuário.

Por G1 PI

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