Na estreia de Ceni no Flamengo, Brenner brilha e garante vitória do São Paulo

Na estreia de Rogério Ceni no comando do Flamengo diante do clube do qual é ídolo, o São Paulo levou a melhor em novo reencontro com o ex-goleiro. Brenner voltou a ser decisivo com dois gols e assegurou o triunfo por 2 a 1, no Maracanã, nesta quarta-feira, que colocou os paulistas em vantagem no confronto das quartas de final da Copa do Brasil.

Fotos – Miguel Schincariol / saopaulofc.net

Eficiente, muito competente nas finalizações e iluminado, Brenner marcou no começo e fim do segundo tempo para garantir a vitória. No segundo tento, ele, esperto, aproveitou uma falha incrível e roubou a bola do goleiro Hugo Souza, que acabara de entrar em campo para substituir o lesionado Diego Alves. O jovem arqueiro vinha sendo destaque nos últimos jogos e assumiu o erro após o apito final.

Brenner, aposta de Fernando Diniz, chegou a 17 gols na temporada, cada vez mais isolado na artilharia da equipe no ano. Lançado aos profissionais por Ceni em 2017, o garoto, de 20 anos, registra seis gols em três partidas contra o seu ex-comandante. Gabriel anotou o gol do Flamengo no Maracanã.

Com o resultado, o São Paulo obteve a vantagem de poder empatar no duelo da volta, no Morumbi, marcado para a próxima quarta-feira, que se classifica às semifinais. O Flamengo precisa vencer por dois gols para avançar. Um triunfo por um gol leva a definição da vaga para as penalidades. Marcar fora não é mais critério de desempate na Copa do Brasil.

Antes, os dois clubes têm compromissos pela 21ª rodada do Brasileirão no sábado. Às 19h, o São Paulo visita o Fortaleza na Arena Castelão. Mais tarde, às 21h30, o Flamengo recebe o Atlético-GO no Maracanã.

O resultado também manteve a invencibilidade do São Paulo contra Rogério Ceni. O retrospecto é amplamente favorável ao time tricolor, que chegou à terceira vitória em seis jogos contra o ídolo.

Além disso, o clube paulista ampliou a série invicta contra o rival rubro-negro, para o qual não perde desde julho de 2017, ocasião em que Ceni era o técnico. São quatro triunfos e três empates em sete partidas.

O primeiro tempo no Maracanã mostrou um Flamengo diferente em relação aos últimos jogos, especialmente quanto às linhas defensivas. Sob o comando do novo treinador, o time rubro-negro foi organizado, compacto, agressivo na marcação e ataque não sofreu nenhum chute em sua meta. No entanto, pecou nas finalizações e desceu ao vestiário sem balançar as redes.

Na etapa inicial, os comandados de Rogério Ceni finalizaram sete vezes a gol. Gabriel foi quem mais chegou perto de marcar. O atacante, aliás, chegou a balançar as redes, mas estava impedido no lance e o tento foi invalidado.

Antes, ele teve outras duas oportunidades claras. Primeiro, perdeu um gol incrível ao finalizar para fora dentro da área. Depois, arriscou da intermediária e parou em Volpi.

O São Paulo foi irreconhecível nos primeiros 45 minutos. Acuado e errando muitos passes, o time do técnico Fernando Diniz encontrou muita dificuldade para sair jogando e chegou a entregar a bola para o adversário várias vezes. Foram erros seguidos na saída de bola que quase custaram um gol do rival.

A atuação foi estranha e os jogadores pareciam perdidos em campo Sem se encontrar, a equipe não concluiu uma vez sequer, seja na direção do gol ou não.

O jogo mudou completamente na segunda etapa. Os dois times voltaram melhor do intervalo, principalmente o São Paulo, que abriu o placar logo no primeiro minuto, com Brenner. Letal e extremamente eficiente, o jovem atacante recebeu linda enfiada de Gabriel Sara e tocou com a calma de um experiente matador na saída de Diego Alves.

A resposta dos anfitriões foi imediata. Dois minutos após ser vazado, o Flamengo empatou com Gabriel. Depois de muito insistir, o atacante foi acionado por Bruno Henrique e, desta vez em posição legal, deu um toque com categoria para deslocar Tiago Volpi e deixar tudo igual.

O Flamengo seguiu superior, mas mostrou pouca eficiência. Arrascaeta, que entrara no intervalo, perde duas chances. Na primeira, mandou para fora. Depois, arriscou de fora da área e viu Volpi fazer linda defesa.

Quando o empate parecia perdurar até o final, o São Paulo, até então acuado, e errando muito defensivamente, contou com uma falha clamorosa de Hugo Souza.

O goleiro, que saiu do banco para substituir Diego Alves, com cãibras, vacilou ao tentar driblar Brenner. O jogador roubou a bola e estufou as redes aos 42 minutos para assegurar a vitória são-paulina.

Por Ricardo Magatti, especial para a AE
Estadão Conteúdo

 

 

 

 

 

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