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Número de mortos supera 800 após terremoto no Marrocos

Ao menos 672 pessoas se feriram, sendo que 205 estão em estado grave em decorrência do tremor de 6,8 graus na escala Richter

Subiu para 820, na manhã deste sábado (9) o número de mortos no terremoto no Marrocos, que ocorreu na noite de sexta-feira (8), de acordo com balanço oficial do governo local. O tremor ocorreu no centro do país, segundo informe oficial do Ministério do Interior. Os feridos por causa do tremor já são 672, sendo que 205 deles estão em estado grave.

As províncias e municípios do país mais afetadas pelo tremor, ainda segundo a pasta, foram Al Haouz, Marrakech, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant. Nas redes sociais, a população afetada registrou momentos de pânico e destruição devido aos tremores.

Segundo o USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos), o abalo sísmico foi de magnitude 6,8 e ocorreu a uma profundidade de 18,5 km da superfície da Terra, com epicentro 71 km a sudoeste de Marraquexe. Já o Centro Nacional para a Pesquisa Científica e Técnica, de Marrocos, afirmou que a magnitude do tremor foi de 7, tendo ocorrido na província de Al Hauz.

De toda forma, veículos de imprensa marroquinos reiteram que este foi o terremoto mais forte já registrado. Tão forte, na verdade, que chegou a ser sentido em cidades costeiras como Rabat e Casablanca e até mesmo em Fez, cidade onde está concentrada a seleção olímpica do Brasil (e que fica a 530 km de Marraquexe).

O abalo também afetou diversas províncias na região oeste da Argélia, país vizinho de Marrocos, mas as autoridades locais negaram haver danos ou vítimas.

Após a tragédia, o Ministério do Interior marroquino afirmou que as autoridades mobilizaram “todos os recursos necessários para intervir e ajudar as zonas afetadas” pelo terremoto.

O epicentro do terremoto ocorreu na cidade turística de Marrakech, segundo o Ministério do Interior
Fadel Senna/AFP
Apoio internacional

Na manhã deste sábado, governos de outros países do Mediterrâneo se manifestaram em apoio a Marrocos. O presidente espanhol, Pedro Sánchez, deu condolências e expressou solidariedade ao país. “A Espanha está com as vítimas desta tragédia e suas famílias”, escreveu numa rede social.

Já a ministra do Exterior da França, Catherine Colonna, se manifestou, também em rede social, sua solidariedade com o povo marroquino. O presidente Emmanuel Macron, que participa da cúpula do G20, na Índia, por sua vez, afirmou que o país está “de prontidão para ajudar” os esforços de resgate marroquinos.

Outros líderes mundiais se manifestaram em apoio ao país após a tragédia. Entre eles, estão o presidente russo, Vladimir Putin, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

A União Africana (organização criada para promover a integração dos países do continente) também se pronunciou, citando “grande dor” frente à tragédia.

Terremotos frequentes

Apesar da destruição e do pânico causados, este não é o primeiro terremoto que devasta Marrocos ou um país vizinho do Norte da África. Em 2004, um tremor em Al Hoceima, no nordeste do reino, deixou mais de 600 mortos e 900 feridos.

Antes ainda, em 1980, outro abalo de magnitude 7,3 devastou a Argélia (país vizinho a Marrocos), deixando 2.500 mortos e cerca de 300 mil desabrigados.


Fonte: Do R7, com AFP


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