Pacientes relatam falta de soro e seringa em hospitais de Teresina

Unidades de saúde da capital também enfrentam problemas com enxovais, conforme funcionários

Pacientes do sistema público de saúde relatam a falta de soro e seringa, em diversos hospitais de Teresina. A denúncia alerta sobre a falta de insumos básicos e essenciais para a realização de atendimentos médicos.

Funcionários e prestadores de serviço afirmam que as unidades de saúde da capital enfrentam também problemas com a ausência de lençóis e colchas de cama, pois o Palácio da Cidade está com pendências financeiras com a empresa que fornece, faz limpeza e manutenção desses itens.

A técnica de enfermagem Conceição Santos relatou à TV Clube que a filha tomou a medição parcialmente e voltou para casa ainda se sentindo mal, porque não havia seringa suficiente no Hospital do Buenos Aires.

Conceição Santos e filha (Foto: TVClube)

“Teve que voltar para casa ainda se sentindo mal. Triste, muito triste, porque a gente precisa. A gente precisa e quando a gente chega num departamento público não tem o que a gente precisa. A minha filha não tomou a medicação toda porque não tinha seringa. Só tomou a metade. Isso é uma situação precária”, diz.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Erick Riccely, conta que a situação tem prejudicado o trabalho de profissionais, bem como impactado negativamente na saúde de pacientes.

“Se a gente pega a lista de medicamentos, os medicamentos que faltam são absurdos. A falta de uma agulha 40.12, por exemplo, que custa sete centavos, é a coisa mais absurda que a gente viu nesses últimos dias. Gera um problema muito grave no desenvolvimento do trabalho do profissional. E no momento que ele atrasa a medicação, ou não consegue fazer, dentro da técnica correta, prejudica para o paciente, que é a parte mais fraca dessa relação”, avalia.

Os usuários do sistema denunciam ainda que tem que comprar insumos para tomar a medicação. É o que afirma a mãe Cíntia, que precisou levar às filhas ao hospital e foi orientada a comprar seringa. “Eu chego na sala da medicação, simplesmente, me dizem que é para eu ir à farmácia aqui próximo, comprar a seringa, para aplicar a medicação na minha filha. Isso é um absurdo”, desabafa.

Cíntia (Foto: TVClube)

No Hospital do Dirceu II, por exemplo, a situação se repete. A auxiliar financeira Cristina Nunes chegou ao local precisando de soro, com sintomas decorrentes de diarreia e desidratação. “Vim tomar medicamento, soro na veia e não tem”, relata.

De acordo com a direção do Hospital, as ocorrências foram comunicadas à Fundação Municipal de Saúde (FMS) e as providências deve ser tomadas. Em relação ao impasse com enxovais, o órgão informou que uma discussão ocorre para negociar a dívida contratual, que se acumula há cerca de 04 meses.


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