Palmeiras busca empate com o América-MG na semifinal da Copa do Brasil

O Palmeiras desperdiçou uma grande chance de ir para Belo Horizonte com a vaga à final da Copa do Brasil bem encaminhada. Depois de 45 minutos ruins, cresceu bastante no segundo tempo, sufocou, mas não conseguiu a virada sobre o América-MG.

Com o 1 a 1 no Allianz Parque, a decisão fica aberta para o jogo no Independência, na próxima quarta-feira.

Depois de nove vitórias seguidas no Allianz Arena, todas sem sofrer gols, o Palmeiras tropeça em casa no jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil ao “entregar” o gol aos mineiros e só conseguir a igualdade.

Em busca da quinta final da Copa do Brasil, terá de mostrar menos afobação na hora de finalizar para se dar bem como visitante.

Foram inúmeras finalizações do Palmeiras, sobretudo na etapa final. Nenhuma delas, contudo, conseguiu furar o paredão defensivo mineiro. Luiz Adriano é quem chegou mais perto.

Como na Copa do Brasil não há o critério de gol fora, nova igualdade leva a decisão para os pênaltis. Quem ganhar, avança.

Abel Ferreira tinha Luiz Adriano à disposição após um mês longe por lesão muscular. Mas optou por um começar com ataque leve com Gabriel Veron, Rony e Willian. Queria abrir vantagem na decisão com velocidade e movimentação constante na frente.

Marcar forte e explorar os contragolpes, como fez muito bem nas casas de Corinthians e Internacional, era a tática do América-MG de Lisca. Sua equipe venceu ambos por 1 a 0 e novamente conseguiu sair na frente.

O zagueiro Emerson Santos saiu jogando errado e presenteou Ademir, dentro da área. O atacante fez o gol com 19 minutos.

Pela primeira vez o Palmeiras de Abel sofreu um gol em casa. A equipe sentiu o golpe, demorando para colocar a cabeça no lugar. Errava passes fáceis que não costuma e quase não ameaçava o gol mineiro.

Veron chegou perto do empate duas vezes. Falhou. Até, no minuto final da etapa, Marcos Rocha cobrar lateral na cabeça de Gustavo Gómez. Empate e alívio nos acréscimos.

Até então imbatível em seus domínios graças a futebol vistoso e letal, o Palmeiras foi para o vestiário comemorando o empate, mas ciente de que ficou devendo na primeira etapa. Faltou calma e capricho.

O gol no fim abalaria os mineiros? Serviria para embalar os palmeirenses? Os treinadores mostraram satisfação e voltaram apostando na manutenção das escalações.

O Palmeiras voltou melhor, com marcação adiantada e pressionando Faltava, apenas, mais precisão nas finalizações. O jogo equilibrado do primeiro tempo já não existia.

Os paulistas se ajustaram e cansaram de criar e desperdiçar chances. Nenhuma clara, é verdade. O América-MG estava totalmente perdido diante de um enorme repertório ofensivo.

Mas se dominava a posse de bola e rondava a área mineira, a ansiedade jogava contra o Palmeiras. Luiz Adriano falhou na chance mais clara ao chutar em cima do goleiro. Acostumado a ganhar em casa, o Palmeiras amarga o primeiro empate com Abel Ferreira e buscará melhor sorte em Belo Horizonte.

Por Fábio Hecico, especial para a AE
Estadão Conteúdo

 

 

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