Palmeiras e Flamengo empatam em duelo com muitos cartões e pouco futebol
Clubes mais ricos do País e que dominam o futebol brasileiro nos últimos anos, Palmeiras e Flamengo jogaram um futebol abaixo do que se esperava dos times que têm se alternado no topo do Brasileirão e empataram sem gols neste domingo.
No Allianz Parque, as defesas prevaleceram sobre os ataques em uma partida equilibrada, de muita tática, cartões amarelos (foram 10), faltas e pouca criatividade.
O Palmeiras se acostumou a vencer o Flamengo em decisões – fez isso na Supercopa de 2023 e na final da Libertadores de 2021. Mas não é capaz de ganhar do adversário carioca em um duelo do Brasileirão desde 2017.
O tabu continua e as provocações, também, como se viu nas arquibancadas do Allianz Parque, onde foi exposto um mosaico que destacava o gol decisivo de Deyverson em Montevidéu, no Uruguai, há quase três anos.
O empate em casa é mau negócio para o time de Abel Ferreira, que soma quatro prontos na competição, vinha de derrota para o Inter e ainda não venceu na condição de mandante.
A equipe comandada por Tite tem sete pontos, continua invicta e se coloca entre os líderes. O líder, o momento, é o Red Bull Bragantino.
O que se viu no primeiro tempo no Allianz Parque foram muitas faltas, discussões, tática e pouco futebol. Um jogo estudado, truncado e que não fluiu dos dois lados porque as defesas foram competente e os ataques falharam.
Coletivamente, o Palmeiras foi competente em sua proposta de segurar o Flamengo, marcando pressão e impedindo que os principais talentos do rival jogassem. Arrascaeta, principalmente, foi seguido e marcado de perto sempre por dois ou três palmeirenses.
Acontece que, individualmente, a maioria do time de Abel Ferreira jogou mal. Abusou nos erros de passes, lançamentos e finalizações. Até domínios fáceis a maior parte dos palmeirenses errou.
O jovem fenômeno Endrick, a grande esperança de produzir algo diferente, esteve em tarde sem inspiração nos primeiros 45 minutos.
A etapa inicial foi tão sonolenta que os melhores lances do time treinado por Abel Ferreira foram originados pelo alto, em cabeceios de Murillo e Flaco López, ambos para fora. Um chute de Bruno Henrique defendido por Weverton foi o melhor que fez a equipe de Tite.
O clássico entre os clubes mais ricos e mais vencedores do País nos últimos anos melhorou consideravelmente à medida que o desgaste físico dos atletas foi deixando o jogo mais aberto na etapa final.
Apagado no primeiro tempo, Endrick despertou no segundo e foi o protagonista palmeirense. Todas as mais importantes jogadas ofensivas passaram pelos pés do garoto de 17 anos. Mas o camisa 9 não foi eficiente como é capaz de ser. Seu chute mais perigoso passou perto da trave esquerda.
Do outro lado, Tite lançou mão dos craques que haviam deixado no banco.
Colocou Gerson, De La Cruz e Pedro, que começaram entre os reservas pensando no duelo do meio de semana contra o Bolívar, na altitude de La Paz, e os visitantes melhoraram. Com poucos passes, conseguiam chegar à área adversária.
Abel demorou para apostar em Lázaro e Estêvão, dois jovens jogadores criativos e capazes de encontrar soluções diante de uma defesa tão forte como a rival rubro-negro.
Os dois garotos jogaram pouco tempo e não conseguiram alterar o placar. Aníbal Moreno até foi às redes, mas o volante argentino estava impedido quando cabeceou para o gol.
Fonte: Estadão Conteúdo
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