Piauí está em 5° lugar entre os estados com mais mortes por choque elétrico

Em 2020, o Piauí teve 39 mortes, atrás da Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco.

O Piauí está em quinto lugar entre os estados com mais mortes por choques elétricos no Brasil. Em 2020, o Piauí registrou 39 mortes, atrás da Bahia, em primeiro lugar, com 79 mortes; São Paulo, em segundo lugar, com  52 morte; Rio Grande do Sul, em terceiro lugar, com 50 mortes; e Pernambuco, em quarto lugar , com 45 mortes.

Os dados foram divulgados pelo Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica de 2021, com dados de 2020, da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel). Abracopel divulgou também dados inéditos do 1º semestre de 2021, revelando os acidentes envolvendo choque elétrico e incêndios por sobrecarga.

Segundo a Abracopel, de início, o que se percebe do 1º semestre de 2021 é que os números estão voltando a crescer, já que em 2020, todos os dados foram menores do que nos anos anteriores. Os dados de 2021 revelam uma tendência de aumento comparado com 2020, mas ainda menor que o ano de 2019, por exemplo.

Os números são de acidentes de origem elétrica (choques elétricos + incêndios por sobrecarga de energia + descargas atmosféricas – raios) e mostram os acidentes e as mortes por choque elétrico no Brasil durante o 1º semestre nos anos de 2019 a 2021.

Diferente do choque elétrico, os dados de incêndio revelam uma tendência de alta, já que no primeiro semestre de 2021 mostra que os números já são maiores entre os 3 anos comparados. “Esta tendência é preocupante e deve ser considerada em todas as ações de conscientização. Instalações elétricas estão ficando desatualizadas colocando as pessoas em risco. Outro fato que nos chama a atenção é o número elevado deste tipo de acidente (sobrecarga de energia, posterior curto-circuito e incêndio) em hospitais, clínicas e postos de saúde”, diz a nota da Abracopel.

A tendência de elevação continua, porém, a rede aérea já mostra números preocupantes em seis meses de estatística. Já os números de acidentes dentro de moradias, local que teoricamente estamos mais seguros ainda é muito alto.

Outro dado que preocupa é o número crescente de acidentes envolvendo bombas d’água, normalmente em áreas rurais e as máquinas com fuga de corrente, neste caso, os locais são mais variados como indústrias, comércios e áreas rurais.

Segundo o diretor executivo da Abracopel, engenheiro Edson Martinho, esta prévia dos seis primeiros meses de 2021 mostram que há uma tendência do número total de acidentes serem pouco maiores do que o de 2020 pela retomada das atividades, mas menor que 2019. As pessoas continuam ignorando os riscos com a eletricidade e se arriscando, sendo que se não levam a óbito, deixam sequelas irreversíveis.

“É preciso atentar para os riscos que a eletricidade oferece. Normalmente, nos esquecemos ou deixamos passar situações em que o risco está ali e pode causar acidentes gravíssimos, às vezes até fatais. Dentro de nossas casas a atenção deve ser redobrada, principalmente com crianças pequenas e idosos. A situação das instalações elétricas das casas deve ser um ponto a ter prioridade na vida das pessoas: a maioria das casas construídas há mais de 20 anos não possuem capacidade para ‘aguentar’ a quantidade de equipamentos que temos, e com a situação de pandemia e isolamento, nossas casas passaram a ser nosso local de trabalho, aumentando e muito a quantidade de energia elétrica usada”, declarou Edson Martinho.

 

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