Policial que matou colegas no Ceará gravou vídeo após chacina

Dourado justifica o crime por ter sido trasferido para Delegacia de Jijoca e não ter tido apoio para seu trabalho na Delegacia de Camocim.

O policial Dourado, suspeito de assassinar outros quatro agentes, dentro da Delegacia de Camocim, no Ceará, gravou um vídeo em que desabafou após ter cometido o crime. O autor dos disparos demonstra raiva e no vídeo acusa suas vítimas. Dourado justifica o crime por ter sido trasferido para Delegacia de Jijoca e não ter tido apoio para seu trabalho na Delegacia de Camocim.

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“Perdão a todos. Tentei, procurei, fui humilhado, chacoalhado, transformado como lixo; me perseguiram, inventaram, criaram, e aqui estou, em frente da minha casa, destruído, destruí minha esposa, destruí meus filhos, esposa e vários filhos de colegas, alguns que mesmo, ruins e péssimos que eram, mas a família, esposas e filhos não mereciam”, diz o policial no vídeo.

Ele prossegue na gravação: “Maldito Adriano, te vejo no inferno; maldito Charles, maldito Neto, vocês são isso. Eu acredito que o diabo foi conivente com a vida de vocês, para vocês repensarem em tudo que vocês são, tudo que vocês fizeram. Maldito seja vocês”, ressalta Dourado.

policial ressalta no vídeo que trabalhou de quarta a domingo porque foi defender uma colega que ficava sozinha no plantão, na Delegacia Regional de Camocim. “O delegado Airton me colocou de sábado e domingo no expediente. Fiquei de quarta, quinta, sexta, sábado e domingo de expediente, humilhado, esquecido e traumatizado“, diz ele em tom de desabafo.

Dourado se diz revoltado com a delegada Patrícia e em seguida falou que bateram em seu ombro e disseram: “Tu vai para outra delegacia, de Jijoca”, frisa, reclamando que a mesma fica localizada a quase 100 quilômetros da sua casa, “Tu vai pegar ônibus, pegar carona, lá tu vai ser esquecido. E lá eu fiquei por mais de dois anos. Volto a Camocim; perseguição em cima de perseguição; humilhação em cima de humilhação”, reclama o policial no vídeo.

Sobre o crime

Foram identificados como vítimas os escrivães Antônio Claudio dos Santos, Antônio José Rodrigues Miranda e Francisco dos Santos Pereira, juntamente com o inspetor Gabriel de Souza Ferreira.

O inspetor Dourado, que era da Polícia Civil, estava de folga, mas foi à delegacia para cometer o crime. Três vítimas foram mortas dentro da delegacia e uma fora dela. Após atirar nos colegas, o suspeito fugiu em um carro da polícia, mas logo depois abandonou o veículo e se entregou no quartel da Polícia Militar local. O local do crime está isolado e passando por perícia.

Fonte: Meio Norte

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