Prefeito em São Paulo adota o mesmo protocolo de Floriano e relata os resultados

A cidade de Porto Feliz, no interior de São Paulo, vai na contramão de municípios do país que estão com o sistema de saúde colapsado devido à Covid-19. Mesmo com os casos crescentes da doença, os leitos de UTIs estão vazios e o médico e prefeito Carlos Prado atribui a situação favorável ao tratamento precoce dos pacientes com o mesmo protocolo usado em Floriano, no interior do Piauí, e que faz uso da hidroxicloroquina, azitromicina e corticoides.

“Os médicos estão usando nas minhas equipes sentinelas dos postos de saúde. Nós disponibilizamos os medicamentos citados pela doutora Marina Bucar [médica piauiense] . O médico tem a liberdade de tá prescrevendo e o paciente tem a liberdade de tomar ou não”, disse Prado.

Ele relata que nos pacientes em que foi adotado o protocolo usado em Floriano, o agravamento dos casos é pior.

“Na UTI, que chegamos ter até oito pessoas internadas, conseguimos dar alta na maioria deles e agora estamos sem nenhum caso na UTI e dois casos internados no nosso hospital que tem aproximadamente 80 leitos. É um tratamento precoce nos primeiros sintomas que tem dado bons resultados e vamos continuar usando”, diz o prefeito de Porto Feliz.

Sobre a discussão sobre o uso da cloroquina, ele diz que “medicamento não é partida de futebol”.

“Não tem que tomar partido. Quem tem que resolver os medicamentos que vão ser dados aos pacientes, são os médicos, não é a imprensa, não são os políticos. Acho que os médicos devem decidir o melhor tratamento para seus pacientes. Os médicos daqui decidiram que o melhor protocolo precoce, para não arriscar a vida de seus pacientes, seria o protocolo desenvolvido pela doutora Marina Bucar”, destacou Prado.

Ele relata ainda que centenas de médicos no país têm utilizado o mesmo tratamento com sucesso.

“Por quê eu vou privar os pacientes do SUS desses mesmos medicamentos. Vou disponibilizar e quem vai decidir quem usa ou não é o médico”, defende Carlos Prado.

Em Porto Feliz, que tem mais de 51 mil habitantes, o protocolo foi usado em aproximadamente 200 pacientes e desses 170 já tiveram alta e dois foram a óbitos.


Graciane Sousa/Cidadeverde

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