Professor Cláudio Roberto lança livro sobre a história de São João da Canabrava nesta sexta-feira (28)
Após mais de 30 anos de pesquisas, na próxima sexta-feira, 28, o professor e historiador Claudio Roberto lança o livro “Memorias da Minha Terra”, que traz a história de São João da Canabrava desde o povoamento, passando pelo processo de emancipação política até os dias atuais.
- “Desde os meus 16 anos eu já tinha esse interesse em pesquisar sobre as origens de minhas famílias que são de São João da Canabrava. Naquela época, na década de 80, eu comecei uma pesquisa inicial, consegui levantar alguns dados importantes sobre a colonização de São João da Canabrava”, disse.
- “Na época nós fizemos a impressão desse texto, desse livro. Um livro pequeno e com a ajuda do prefeito da época, Pedro Isidoro Neto, fizemos a impressão na gráfica e distribuímos gratuitamente para os alunos, isso em 1989”, acrescentou.
Quando entrou para a universidade, para cursar História, as pesquisas continuaram e a graduação foi um incentivo a mais para pesquisar sobre São João da Canabrava.
- “As pesquisas começaram em 1988, justamente no período que a gente estava empolgado no processo de emancipação política, então eu digo que há trinta e cinco anos demos início a esse trabalho que hoje se transformou em um livro.”
- “Os primeiros habitantes, as populações indígenas nativas, os primeiros colonizadores de origem portuguesa, o padre Manoel Florêncio Santos, que aqui fundou uma fazenda e outros mais, e a passando pelo processo de evolução urbana, comercial, religiosa, como a edificação das primeiras igrejas”.
- “Nós aprofundamos a pesquisa no processo de emancipação política, que e vinha se arrastando desde 1964. Bem antes, em 1963, foi o primeiro projeto, até quando de fato alcançamos a nossa emancipação efetiva em 1988. As primeiras eleições, os primeiros prefeitos até a atual administração.”
Durante a entrevista o professor citou alguns personagens que o ajudaram a resgatar essas memórias.
- “Eu posso citar o Marciano de Souza Veloso, seu Marciano Bitônio, que era um historiador nato, e me deu muitas informações. Eu cito o saudoso João Inês, e cito outros personagens, que foram muitas pessoas que me ajudaram e uma pessoa que até hoje me ajuda e eu considero assim um grande historiador e um autodidata é o seu José Miúdo de Aparecida, que contribuiu e continua contribuindo em me repassar informações”, acrescentou.
Cláudio Roberto lembra que além das fontes orais, na pesquisa de campo visitou cemitérios, cartórios, a Câmara Municipal de Picos. A pesquisa também se concentrou em projetos da Assembleia Legislativa do Piauí e o Arquivo Público do Estado.
- Para mim esse livro significa guardar, preservar a nossa memória. Uma sociedade que não tem memória, não tem identidade. Uma sociedade que não tem sua memória está fadada a desaparecer. Nós tivemos essa preocupação ao longo desses trinta anos, de guardar essas informações para que os jovens de hoje conheça a sua história, conheça esse passado, conheça a evolução de São João da Canabrava e o que nós podemos evoluir.