Rússia ataca Ucrânia pela terra, pelo ar e pelo mar

É o maior ataque de um país europeu contra outro do mesmo continente desde a Segunda Guerra; Putin justificou ação militar para proteger separatistas no leste e ameaçou quem tentar interferir. ONU pediu que ele recue e Biden disse que guerra será catastrófica.

Rússia diz ter destruído mais de 70 alvos

A Rússia destruiu mais de 70 alvos militares na Ucrânia. Entre esses, estão 11 campos de pouso militares, três pontos de comando e uma base naval.

As informações são do general Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa, em Moscou.

Ele disse que os russos ainda derrubaram um helicóptero e quatro drones.

A Rússia perdeu uma aeronave —segundo ele, isso aconteceu por causa de um erro do piloto.

Segundo o “New York Times”, mais de 40 soldados ucranianos morreram nos confrontos desta quinta-feira. O jornal credita a informação a um assessor de Volodymy Zelensky, Oleksiy Arestovich.

Ao menos 18 militares morreram em um ataque perto da cidade de Odessa, que fica no litoral do Mar Negro.

Equipes da Marinha russa invadiram a cidade, segundo Sergey Nazarov, um assessor do prefeito de Odessa.

Militares e tanque ucranianos perto da cidade de Kiev, em 24 de fevereiro de 2022

Militares e tanque ucranianos perto da cidade de Kiev, em 24 de fevereiro de 2022 (Foto: Daniel Leal/ AFP)

Prefeito de Kiev diz que estações de metrô podem ser usadas como abrigos antiaéreos

Em Kiev, uma testemunha disse à agência Reuters que ouve-se uma sirene aérea. Mais cedo, foram ouvidas explosões na cidade.

O prefeito da cidade disse que há quatro estações de metrô pelas quais não passam trens que pode ser usadas como abrigos antiaéreos.

A cerca 23 quilômetros da cidade, há uma luta no aeroporto militar de Gostomel.

Imagem de uma estação de metrô em Kiev após início de ataques dos russos, em 24 de fevereiro de 2022

Imagem de uma estação de metrô em Kiev após início de ataques dos russos, em 24 de fevereiro de 2022 (Foto: Daniel Leal/ AFP)

Biden convoca encontro de Conselho de Segurança

O presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, convocou um encontro do Conselho Nacional de Segurança do país nesta quinta-feira (24) para discutir os últimos acontecimentos na Ucrânia.

Uma porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia afirmou que, antes da operação da Rússia na Ucrânia, Antony Blinken , secretário de Estado dos EUA (cargo equivalente ao de ministro de Relações Exteriores) afirmou que os EUA não tinham intenção de ter um diálogo sobre segurança com os russos.

É o momento mais sombrio da Europa desde a Segunda Guerra, diz União Europeia

Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, afirmou que os momentos atuais estão entre os mais sombrios desde a Segunda Guerra Mundial.

“A União Europeia vai responder da maneira mais enérgica possível e vai concordar [em aplicar] as sanções mais duras que já implementamos”, afirmou ele.

Alexander De Croo, primeiro-ministro da Bélgica, afirmou algo semelhante: “Esse é o momento mais sombrio desde a Segunda Guerra Mundial”.

A Ucrânia pede que os aliados cortem relações diplomáticas com a Rússia, de acordo com a agência de notícias russa RIA.

Militares ucranianos na região de Luhansk, em 24 de fevereiro de 2022

Militares ucranianos na região de Luhansk, em 24 de fevereiro de 2022 (Foto: Anatolii Stepanov / AFP)

Mourão diz que Brasil não concorda com invasão da Ucrânia

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quinta-feira (24) que o Brasil não concorda com a invasão da Rússia à Ucrânia.

“O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano. Isso é uma realidade”, afirmou Mourão.

Polícia da Ucrânia: Rússia fez 203 ataques

A polícia da Ucrânia fez um balanço do número de ataques desde o começo do dia: foram 203. Ainda há combates em quase todo o território, de acordo com a polícia.

Segundo militares ucranianos, mísseis foram lançados da Belarus em território ucraniano (militares russos já haviam invadido a Ucrânia a partir da Belarus).

O vice-ministro da Defesa da Ucrânia afirmou que no leste do país há confrontos militares intensos, e que soldados russos foram feitos prisioneiros.

O Ministério de Defesa da Rússia afirmou que o país destruiu 74 instalações militares da Ucrânia nesta quinta-feira (24). Entre essas instalações há 11 aeródromos. As informações são da agência russa RIA.

Já o ministro de Defesa da Rússia, Sergey Shoigu, disse aos comandantes russos que os soldados ucranianos devem ser tratados com respeito, de acordo com a agência russa Ifax.

Avião militar ucraniano derrubado no sul de Kiev em 24 de fevereiro de 2022

Avião militar ucraniano derrubado no sul de Kiev em 24 de fevereiro de 2022 (Foto: Divulgação/Serviço de Emergências da Ucrânia/Via AFP)

Ativista de Moscou que convocou protestos é presa

Uma ativista de oposição na Rússia que convocou protestos contra a guerra na Ucrânia afirmou que foi detida pela polícia nesta quinta-feira (24).

Marina Litvinovich, que vive em Moscou, disse que foi detida quando estava a caminho de sua casa. Antes disso, ela já havia feito uma convocação para protestos em diversas cidades da Rússia que aconteceriam ainda nesta quinta-feira.

Veja um resumo dos últimos acontecimentos

Fumaça no aeroporto militar de Chuguyev, na região de Kharkiv, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022

Fumaça no aeroporto militar de Chuguyev, na região de Kharkiv, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 (Foto: Aris Messinis / AFP)

  • Ucrânia está sendo atingida por uma segunda onda de mísseis, de acordo com um assessor próximo do presidente Volodymyr Zelensky. A primeira onda de ataques ocorreu na noite de quarta-feira (em Brasília);
  • Há uma luta violenta pelo controle de um aeroporto militar perto de Kiev;
  • Ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que Putin iniciou uma invasão completa da Ucrânia e que cidades pacíficas estão sendo atacadas;
  • Embaixada da Ucrânia no Brasil diz que invasão é um ato de guerra; embaixada do Brasil em Kiev pede para que cidadãos brasileiros no país não saiam de casa;
  • Bolsas europeias e asiáticas despencam; petróleo atinge maior valor em 7 anos.

Por G1

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