São Paulo domina reservas do Palmeiras, vence no Allianz Parque e alivia pressão

O maior público do Allianz Parque em dois anos viu uma atuação desastrosa do Palmeiras na noite desta quarta-feira. Com reservas, o time de Abel Ferreira foi completamente dominado pelo São Paulo, que se recuperou da goleada sofrida para o Flamengo e venceu o arquirrival por 2 a 0 no clássico válido pela 33ª rodada do Brasileirão.

Gabriel Sara fez o primeiro e Luciano selou o triunfo, encerrando uma seca de 11 partidas. Abel Ferreira decidiu usar reservas, escalou atletas que não vinham jogando e viu uma das piores atuações de sua equipe na temporada.

Apenas Weverton se salvou. Não fosse o goleiro, o São Paulo construiria uma goleada histórica na casa do rival. A segunda derrota consecutiva no Brasileirão deixa o Palmeiras estacionado nos 58 pontos, ainda no terceiro posto.

O São Paulo aproveitou a estratégia equivocada do rival e vai dormir mais tranquilo depois do bom jogo que fez no sétimo Choque-Rei da temporada. Foi aos 41 pontos e abriu cinco para o Bahia, o primeiro integrante do grupo que desce à Série B.

O Choque-Rei desta quarta foi assistido por mais de 35 mil palmeirenses e foi a partida com o maior público no Allianz Parque desde que os torcedores foram liberados para retornar às arquibancadas.

A última vez que o estádio havia recebido mais de 30 mil pessoas tinha sido em outubro de 2019 no empate em 1 a 1 com o Atlético-MG, pelo Brasileirão daquele ano. Para o clássico, houve uma redução de R$ 90 para R$ 80 no ingresso mais barato, no setor gol norte, onde ficam as torcidas organizadas.

Pensando na final da Libertadores, daqui a dez dias, Abel Ferreira optou por uma escalação quase toda reserva. Apenas Weverton, Marcos Rocha e Danilo foram para campo entre os considerados titulares. O time sentiu a falta dos titulares e também dos desfalques – Dudu e Felipe Melo estavam suspensos – e não conseguiu encaixar o seu jogo.

Sem entrosamento e sem Raphael Veiga e Gustavo Scarpa, meias responsáveis por boa parte dos gols e assistências da equipe na temporada, os anfitriões encontraram dificuldades para criar. Da trinca de volantes, Patrick de Paula foi o responsável pela armação.

Chamou o jogo, mas errou quase tudo que tentou. Matheus Fernandes quase não apareceu e Danilo fez um jogo razoável. A estratégia do treinador português favoreceu o São Paulo, que se fechou com competência e saiu rápido nos contra-ataques. Entrou mais ligado e foi muito mais perigoso que o rival, tanto que acertou a trave com Vitor Bueno antes de abrir o placar.

Após vacilo de Renan e Jorge na esquerda, Luciano ganhou pelo alto e Gabriel Sara pegou a defesa palmeirense aberta. O jovem meio-campista avançou e acertou um bonito chute no canto direito de Weverton.

Placar aberto no Allianz Parque aos 23 minutos. Os comandados de Rogério Ceni tomaram conta da partida após o gol, mas não aproveitaram as chances que criaram nos contragolpes. O Palmeiras enfureceu seu torcedor com a profusão de passes e lançamentos errados.

Abel Ferreira viu um péssimo primeiro tempo de sua equipe, mas não quis fazer mudanças no intervalo. Resultado: o Palmeiras continuou inofensivo, dando espaços na defesa e, para piorar, cometeu erros fatais.

Patrick de Paula, em um de seus piores dias, entregou de graça para Luciano, que avançou e bateu por baixo de Weverton aos 15 minutos da etapa final. O goleiro palmeirense, aliás, evitou com boas defesas o que seria uma goleada histórica são-paulina.

Descompassado e abatido, o time anfitrião cometeu uma série de erros sucessivos e deixou o adversário sair na cara do gol ao menos três vezes, mas os visitantes não aproveitaram.

Com a desvantagem de dois gols, Abel resolveu, enfim, lançar mão de titulares. Colocou Veiga, Scarpa, Rony e Zé Rafael, além do jovem Wesley. Luiz Adriano foi um dos que saíram e causou a ira da torcida, que o xingou assim que ele deixou o gramado.

Nervoso, o time não deu uma resposta positiva nem com seus melhores jogadores em campo. Apenas Scarpa levou perigo em arremates de fora da área. Os palmeirenses deixaram o estádio sob vaias. Já o São Paulo se reabilitou e está mais aliviado, perto de fincar sua permanência na elite.

Fonte: Estadão Conteúdo

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Portal Saiba Mais