Sindicato ameaça fazer ‘maior greve da história’ se Petrobras for à venda

Federação Única dos Petroleiros manifesta que desestatização serve para distrair população de crise dos combustíveis

O movimento assertivo do governo federal na direção da privatização da Petrobras começa a causar resistência em setores diversos. Nesta sexta-feira, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) ameaçou fazer ‘a maior greve’ da história, caso o presidente Jair Bolsonaro avance no processo burocrático de desestatização.

Na última quinta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, recebeu de Adolfo Sachsida, novo responsável pelo Ministério de Minas e Energia, dois ofícios referentes aos planos para as privatizações da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo (PPSA), responsável pelos contratos da União do pré-sal.

A Petrobras é uma empresa estatal de economia mista, que tem o governo federal como maior acionista, mas com participações minoritárias privadas.

Coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar se manifestou sobre a questão por meio de sua conta no Twitter, deixando no ar a promessa de mobilizar a categoria contra os objetivos do governo

“Ao invés de buscar um ‘bode expiatório’ para enganar a população, fingindo preocupação, Bolsonaro deveria assumir o papel de mandatário e acabar com essa política de preços covarde, que vem levando o povo cada vez mais à miséria”, afirmou Bacelar.

“Bolsonaro, repito: você vai ver a maior greve da história da categoria petroleira caso ouse pautar a privatização da Petrobras.”

A tentativa de avançar no processo de privatizações acontece em meio à crise de combustíveis no país, deflagrada principalmente pelas consequências da guerra entre Rússia e Ucrânia. Na última semana, Bolsonaro já havia demonstrado descontentamento com a administração da Petrobras sobre a questão, criticando o anúncio do lucro de R$ 44 bilhões da empresa — valor 3.700% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

Pacheco: “Momento ruim para isso”

Outro foco de resistência ao movimento de privatizações veio da esfera política, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O senador mineiro declarou na última quinta-feira, 12, que a desestatização da Petrobras não está no radar do Congresso Nacional. “O momento é muito ruim para isso”, observou, em entrevista coletiva.

Conforme Pacheco, as análises sobre a viabilidade de vender a estatal são necessárias, porém, defendeu “diálogo” com a sociedade civil. “Não é uma medida rápida de ser tomada”, observou o presidente do Senado.

Por Revista Oeste

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