SP quer retomar máscaras mesmo com menos casos e mortes que no dia da liberação do equipamento

Oeste comparou a situação epidemiológica no Estado no dia em que o acessório foi liberado, em 17 de março deste ano, com dados da última terça

O Comitê de Medidas de Vigilância em Saúde do governo do Estado de São Paulo recomendou a volta do uso de máscaras na terça-feira 31.

Oeste comparou a situação epidemiológica no Estado no dia em que o equipamento foi liberado, em 17 de março deste ano, com dados da última terça.

Quando o ex-governador paulista João Doria (PSDB) suspendeu o uso do equipamento, a média móvel de sete dias registrava 1,1 mil leitos de UTI ocupados em razão da covid-19 no Estado. No dia em que o Comitê voltou a recomendar as máscaras, a média móvel de internações em UTI por covid-19 nos últimos sete dias estava 35% menor, marcando 729.

“Estão querendo impor um terror, um pânico desnecessário novamente”, disse o médico infectologista Francisco Cardoso. “O governo de São Paulo tirou as máscaras em março, passamos março e abril com casos em queda, e agora voltou muito em razão do clima frio, e estão se contaminando os que não se infectaram ainda”, explica Cardoso. “Se a máscara fosse a causa do aumento de casos atualmente, o número deveria ter crescido a partir da segunda ou terceira semana após a retirada de máscara, em março, o que não ocorreu”.

De acordo com dados do governo estadual, cerca de 240 mil novas contaminações por coronavírus foram notificadas em março de 2022. Em maio, os registros de casos somaram pouco mais de 120 mil.

Mortes por covid-19

No mês de abril também foi registradas menos mortes — pouco mais de mil contra 2,9 mil em março, mês da liberação do uso da máscara.

Para o médico clínico geral com doutorado em imunologia Roberto Zeballos, não há motivo para recomendar o uso de máscaras neste momento da pandemia. “O número de casos pode até ter aumentado no Brasil, mas as fatalidades e internações estão caindo, e as pessoas que internam estão com covid, mas não internam pela covid”, disse o médico. “Movimento similar ao que aconteceu no Reino Unido e África do Sul, e nem por isso eles tomaram medidas restritivas até porque está mais do que provado que não funcionam.”

Por Revista Oeste

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