Teresina: motoristas e cobradores rejeitam proposta do Setut e greve continua

Segundo denunciou o Sintetro, as empresas propuseram suspender por um ano o plano de saúde e o tíquete alimentação dos trabalhadores.

greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Teresina entrou em um novo capítulo nesta terça-feira (02) depois de mais de duas semanas de duração. A nova rodada de negociações entre patrões e trabalhadores terminou sem uma definição após os profissionais rejeitarem a proposta do Setut de suspender por um ano o pagamento do tíquete alimentação e o benefício do plano de saúde.

A informação foi repassada pelo presidente do Sintetro (Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transporte Urbano de Teresina), Fernando Feijão. De acordo com ele, o plano de saúde e o tíquete alimentação são conquistas históricas da categoria que não podem ser mexidas. “O tíquete é algo que temos há mais de 20 anos e o plano de saúde tem há mais de 12 anos. E nenhuma proposta que altere isso nós aceitamos. Permanece a greve e continuamos parados”, afirmou Feijão.

Com a paralisação dos serviços de transporte público de Teresina em meio à pandemia de coronavírus, nem o mínimo de 30% da frota que deveria continuar circulando nas ruas, por se tratar de um serviço essencial, está funcionando. Isto significa dizer que a capital se encontra praticamente sem ônibus coletivo nas últimas semanas e ainda sem previsão de retorno, já que a última negociação terminou sem acordo nenhum.

De acordo com o presidente do Sintetro, os empresários alegam dificuldades financeiras causadas pela crise da pandemia, que impactou drasticamente no uso do transporte coletivo de Teresina quando os primeiros decretos de quarentena e fechamento do comércio começaram a valer. Na semana passada, o coordenador técnico do Setut, Vinícius Rufino, explicou à reportagem de O Dia que o custo da operação está muito superior à arrecadação, o que deixa o sistema de ônibus da capital à beira de um colapso.

“Essa queda de demanda somada à ausência de aporte de recursos por parte do poder concedente para o enfrentamento desta grave crise a qual o país se encontra, resulta na iminência de um colapso no sistema de transporte público. Como o transporte é mantido pela tarifa paga pelo usuário, o serviço já vinha desequilibrado e esse problema se agravou substancialmente”, disse.

Fonte: Portal O Dia

 

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