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TikTok confirma que dados de usuários podem ser acessados na China

Atualização da política de privacidade deixa explícito que funcionários chineses podem acessar contas

Em uma atualização da política de privacidade feita na terça-feira 2, o TikTok publicou informações explícitas de que os dados pessoais do aplicativo podem ser visualizados por funcionários da empresa na China. A atualização, feita nas contas operadas a partir da Europa, está alinhada com o que os executivos do aplicativo tinham publicamente.

O anúncio se aplica a usuários do Espaço Econômico Europeu, Reino Unido e Suíça. Segundo o aplicativo, essas informações não dizem respeito aos Estados Unidos, embora o TikTok tenha dito que armazena dados de usuários europeus nos EUA e em Cingapura.

Além da China, os dados do TikTok podem ser tratados por funcionários em países como Brasil, Canadá, Israel, Japão, Malásia, Filipinas, Cingapura, Coreia do Sul e Estados Unidos, informou a empresa.

O acesso a dados de usuários europeus, acrescentou a plataforma, é permitido para “certos funcionários dentro de nosso grupo corporativo” e é “baseado em uma necessidade demonstrada de fazer seu trabalho”.

O TikTok também disse que o acesso desses funcionários é regido por “controles de segurança robustos” e ocorre “por meio de métodos reconhecidos pelo GDPR”, a lei de privacidade da União Europeia.

Nos EUA, a preocupação é crescente quanto à possibilidade real de que o governo chinês possa pressionar o TikTok ou sua controladora, ByteDance, a entregar os dados pessoais dos usuários sob as leis de segurança nacional do país.

Em meio a esses temores, o TikTok passou meses negociando com o governo norte-americano um possível acordo de segurança nacional que permitiria continuar operando nos EUA. O aplicativo também migrou dados de usuários dos EUA de servidores proprietários nos EUA e em Cingapura para servidores baseados em nuvem hospedados pela Oracle.

Mas isso não diminuiu as críticas de que os dados do usuário ainda podem ser acessados ​​por indivíduos na China sujeitos às leis de segurança desse país, uma prática que o TikTok não se compromete a interromper e enfatizou que continuará com a atualização da política europeia anunciada na terça-feira.

Fonte: Revista Oeste

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