TRT determina que empresas de ônibus paguem vale-alimentação e plano de saúde a trabalhadores

Decisão foi proferida após motoristas e cobradores iniciarem greve na terça-feira (13).

Por Lucas Marreiros, G1 PI

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Piauí determinou que as empresas de ônibus paguem vale-alimentação e plano de saúde a motoristas e cobradores. A decisão, do juiz Carlos Wagner Araújo Nery da Cruz, é da quarta-feira (13), após a categoria ter iniciado uma greve e o serviço de transporte público de Teresina ter ficado com apenas 30% da frota funcionando.

Procurado pelo G1, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT), afirmou que vai aguardar a comunicação oficial e que vai se posicionar depois de ouvir o departamento jurídico.

A decisão pode por fim no movimento grevista, pois atende a duas das principais reivindicações do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro).

Além do pagamento do vale-alimentação e do plano de saúde, o Sintetro protestava contra o não pagamento dos 30%, por parte das empresas, para funcionários que tiveram o contrato suspenso e a estrutura das paradas/pontos finais.

Veículos alternativos contratados pela Strans estão reforçando o transporte em Teresina — Foto: Helder Vilela/TV Clube

Veículos alternativos contratados pela Strans estão reforçando o transporte em Teresina — Foto: Helder Vilela/TV Clube

De acordo com o sindicato, os locais não têm as condições mínimas para os trabalhadores exercerem seus trabalhos. Em alguns deles, segundo o Sintetro, não há sequer um banheiro.

“Há também uma questão muito importante que é a segurança dos trabalhadores e dos passageiros, pois as empresas não fornecem os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), não há uma estrutura para higienização e os veículos também precisam ser higienizados”, afirmou Francisco das Chagas, do Sintetro.

A categoria vai realizar uma assembleia na tarde desta quinta (14) para decidir se continuará em greve ou se vai encerrar o movimento trabalhista.

Nesta quarta (14), o transporte público da capital é realizado com veículos alternativos e a frota mínima de ônibus determinada pelo TRT, de 70% nos horários de pico e 30% nos demais horários.

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