Bancada evangélica corre risco de colapsar, mas mantém silêncio sobre escândalos

A Frente Parlamentar Evangélica, mais conhecida como “bancada evangélica”, composta por 50 deputados, dos quais 24 pertencem à Igreja do pastor Silas Malafaia e 14 à Igreja do bispo Edir Macedo, enfrenta uma turbulência significativa. O atual presidente da bancada, deputado federal e pastor Silas Câmara (Republicanos-AM), possui grande chance de ser condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que já formou maioria para decidir sobre gastos irregulares com aeronaves durante sua campanha eleitoral.

O julgamento em andamento indica que Silas Câmara está praticamente condenado, e a perda iminente do mandato do líder da bancada evangélica pode desencadear um esfacelamento do grupo parlamentar. O TRE destaca gastos questionáveis, enquanto denúncias de peculato, funcionários fantasmas, falsificação de documentos, transferências para empresas de assessores e investigação por corrupção eleitoral passiva pesam sobre o presidente da bancada.

Suposta “ajuda” de André Mendonça

Um dos aspectos notáveis é o adiamento supostamente estratégico do processo por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e membro da bancada evangélica. O ministro solicitou vista, adiando o julgamento até após o dia 2 de dezembro, data da prescrição do caso de rachadinha que Silas Câmara enfrentava. A decisão de Mendonça beneficia o presidente da bancada, que, ao sair impune, não responde por suas ações.

As acusações contra Silas Câmara envolvem omissões na prestação de contas e investigações relacionadas a práticas ilegais. A conduta do ministro André Mendonça, que demonstrou apoio ao pastor em sua campanha, levanta questionamentos sobre possíveis influências religiosas no meio judiciário.

Enquanto o desfecho do caso de Silas Câmara ainda é incerto, a bancada evangélica enfrenta a perspectiva de perda de representatividade e prestígio, marcando um capítulo desafiador para o grupo parlamentar durante o governo Lula. O desgaste, contudo, é atribuído às ações e omissões individuais de membros da bancada, evidenciando a necessidade de responsabilidade individual diante da justiça.

Fonte: Meio Norte


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