Conheça a nova urna eletrônica do TSE
‘Equipamento será mais seguro e com recursos de acessibilidade’, comunicou a Justiça Eleitoral
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou nesta segunda-feira, 13, a nova urna eletrônica. Ela será utilizada a partir do ano que vem. Segundo o TSE, a máquina é “mais segura e trará novos recursos de acessibilidade”.
Atualmente, os eleitores votam em um modelo de urna eletrônica de 2015, que se tornou alvo de críticas durante o debate do voto auditável. Batizado de UE 2020, o novo equipamento terá algumas mudanças. São elas:
- terminal do mesário com tela totalmente gráfica, sem teclado físico, e superfície sensível ao toque;
- processador do tipo System on a Chip (SOC), 18 vezes mais rápido que o modelo 2015;
- bateria do tipo lítio ferro-fosfato: menos custos de conservação por não necessitarem de recarga;
- mídia de aplicação do tipo pen drive, o que traz maior flexibilidade logística para os TREs na geração de mídias;
- expectativa de duração da bateria por toda a vida útil da urna.
“A urna utiliza o que há de mais moderno em termos de criptografia, assinatura e resumo digitais”, comunicou o TSE, em nota informativa. “Tudo isso garante que somente o sistema desenvolvido pelo TSE e certificado pela Justiça Eleitoral seja executado nos equipamentos”.
O TSE voltou a ressaltar que as urnas eletrônicas “não se conectam a nenhum tipo de rede, internet ou bluetooth. Dessa forma, para que fosse possível fraudar o equipamento, seria necessário superar mais de 30 barreiras de proteção”.
Especialista critica a nova urna eletrônica
“O modelo do equipamento é irrelevante”, afirmou a Oeste Carlos Rocha, engenheiro formado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica e CEO da Samurai Digital Transformation.
Líder do desenvolvimento e da fabricação da urna eletrônica nos anos 1990, Rocha disse que o problema de segurança não foi tratado até hoje: “O alto risco de manipulação dos resultados da eleição, sem deixar nenhum rastro”.
Para Rocha, trata-se da “consequência do poder absoluto dos códigos dos programas e chaves criptográficas nas mãos de alguns técnicos do TSE, que não sofrem nenhum controle externo”.
“Dois terços das invasões de sistemas têm origem nas organizações”, constatou. “Não há sistema 100% seguro.”