Considerada a pessoa mais velha do Brasil, cearense morre aos 116 anos, em Fortaleza

Moradora de Messejana, Francisca Celsa dos Santos morreu em casa após ser acometida de uma pneumonia. Ela completaria 117 anos no próximo dia 22 de outubro.

Aos 116 anos, a cearense Francisca Celsa dos Santos, considerada a pessoa mais velha do Brasil e a terceira do mundo, morreu na última terça-feira (5), em Fortaleza, após ser acometida por uma pneumonia. O título de mais velha do país foi validado pelo Gerontology Research Group (GRG), ou Grupo de Pesquisa em Gerontologia.

O GRG trabalha desde o início da década de 1990 com a longevidade humana e é uma das entidades indicadas pelo Livro Guinness de Recordes para validar idades.

De acordo com uma das netas de dona Francisca, a assistente administrativa Fernanda Aliny Barroso Celsa, a avó não teve Covid-19, mas a piora no quadro de saúde provocou a múltipla falência dos órgãos. Ela morreu na casa onde morava, no Bairro Messejana. Ela era natural da cidade de Cascavel, na região metropolitana.

O corpo da idosa foi sepultado por volta das 16h desta quarta-feira (6), no Cemitério Municipal de Pacajus (Nossa Senhora da Conceição), na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Sinônimo de amor

Fernanda afirmou que a partida da avó está sendo muito sentida por toda a família, que a via como uma mulher forte e muito amorosa com todos.

“Ela é sinônimo de amor, de vontade de viver, de tudo de bom que se possa imaginar. O elo de ligação entre netos, bisnetos, tataranetos. Apesar de não se movimentar, viver acamada há alguns anos, ficou um vazio em cada lugar da casa”, diz.

Ainda de acordo com a neta, um dia antes de morrer, Dona Francisa foi reconhecida como a mulher mais velha da América Latina. “Recebemos a ligação do pessoal do Guinness Book nos dando a notícia, ficamos muito felizes no dia e logo veio a partida dela, foi muito difícil”, lamenta Fernanda.

Pandemia

Durante a pandemia do coronavírus, a neta Fernanda conta que os cuidados com a avó foram redobrados. “Meu primo Luzinei Monteiro, que é médico, é quem tomava as decisões da saúde da minha avó. Uma prima ficou direto com ela para cuidar”, afirma.

A assistente administrativa afirma não ter sido um período fácil para a família, já que a doença padeceu parentes próximos. “A saudade por não poder visitá-la era grande, mas a minha avó era frágil e precisávamos ter todos esses cuidados”, finaliza.

Apesar de todos os cuidados, uma obra próximo ao local onde a idosa morava acabou produzindo muita poeira, o que colaborou com o agravamento do estado de saúde da matriarca da família. Ela piorou com a pneumonia e morreu por volta de 21h30 da terça-feira, a 17 dias de completar 117 anos.

Por Paulo Martins/G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Portal Saiba Mais