Delação de Lessa gera crise, e investigadores cogitam deixar o caso Marielle

Até o momento, a Polícia Federal adotou o procedimento padrão, não confirmando nem negando a suposta delação de Ronnie Lessa

A notícia veiculada no último domingo (21), informando que o ex-policial Ronnie Lessa teria fechado um acordo de delação premiada, instaurou uma crise no desenrolar da investigação do caso Marielle. O receio de que possíveis colaboradores recuem da decisão de colaborar com a Justiça tem gerado preocupações quanto ao andamento do caso.

Até o momento, a Polícia Federal (PF) adotou o procedimento padrão, não confirmando nem negando a suposta delação de Ronnie Lessa. A prática de não divulgar informações antes da homologação judicial tem sido seguida, e extraoficialmente, a orientação na equipe de investigação é não confirmar especulações.

A previsão inicial na PF era de que o caso pudesse ser elucidado até o próximo 14 de março, quando se completam seis anos do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Contudo, a incerteza paira sobre essa possibilidade após a notícia da possível delação de Lessa.

A possibilidade de delatores desistirem da colaboração tem levado os investigadores a cogitarem até mesmo a hipótese de deixar o caso, temendo retaliações a suas famílias. A incerteza quanto ao desfecho do caso Marielle tem trazido tensão e reflexão sobre os rumos da investigação.

Em 2021, as promotoras responsáveis pelo caso Marielle também tomaram a decisão de abandonar a investigação, diante da exclusão de sua participação na negociação da delação premiada de Júlia Melo Lotufo, viúva do Capitão Adriano, um matador de aluguel envolvido em diversas atividades do crime organizado no Rio de Janeiro, que foi assassinado na Bahia.

Fonte: Meio Norte


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