Em Teresina, menina de 12 anos com deficiência física escreve tudo com a boca

A adolescente Nayara Beatriz aprendeu a escrever com a boca aos quatro anos de idade. Apaixonada por ler e escrever, ela sonha em ser juíza de direito.

Por PITV 1, G1 PI

A deficiência física pode ser vista como uma limitação para muitas pessoas. Entretanto, isso não aconteceu com Nayara Beatriz, de 12 anos, estudante da Escola Municipal Orfélio Leitão, localizada no bairro Porto Alegre, Zona Sul de Teresina. A adolescente conseguiu superar os obstáculos e decidiu desenvolver uma nova habilidade que é escrever com a boca.

Nayara nasceu com uma doença rara denominada Artogripose Múltipla Congênita, que torna as articulações mais rígidas. Então, uma equipe de profissionais de saúde estimulou a menina a utilizar outra parte do corpo para a escrita.

“A equipe de fisioterapeutas me ensinou a escrever com a boca quanto eu tinha quatro anos e eu aprendi. Eu escrevo tudo, qualquer matéria eu escrevo”, comentou.

A adolescente cursa o 7° ano do ensino fundamental e é apaixonada por ler e escrever. Ela sonha em ser juíza de direito e seu amor pelos estudos fez com que, recentemente, a jovem entrasse para o time de campeões das olimpíadas de conhecimento.

Nayara assiste aulas aos sábados no Programa Cidade Olímpica Educacional, criado pela Prefeitura de Teresina para preparar estudantes para grandes competições. Ela foi um dos três estudantes recrutados da escola para entrar no programa.

Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Educação (Semec), os melhores alunos de cada escola são chamados para fazer o teste e apenas os jovens com melhor desempenho são escolhidos.

 
Anikele da Conceição, mãe da Nayara Beatriz — Foto: TV Clube

Anikele da Conceição, mãe da Nayara Beatriz — Foto: TV Clube

Em entrevista à TV Clube, a mãe da jovem, Anikele da Conceição, contou que a educação é a maior aliada na criação dos filhos e que a inclusão deve ser buscada constantemente. “Nós temos que criar nossos filhos para a vida. Nós vemos que o mundo é muito difícil e que se não existir uma base, que é a educação, fica mais difícil ainda. A inclusão tem que ser feita no dia-a-dia, na parceria entre os pais e a escola”, disse.

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