Estação flagra mais de 300 meteoros no céu de Santa Catarina

A madrugada de quinta-feira (5) foi um espetáculo à parte para astrônomos de todo Brasil. O país registrou centenas de meteoros em vários estados, em especial no interior de São Paulo, e no norte do Paraná e em Santa Catarina –só o estado registrou cerca de 300 fragmentos no céu.

Muitos deles são detritos do cometa Halley. No fim deste mês, será possível ver nova chuva de meteoros, com pico em 31 de maio, prevista para ser a maior dos últimos 20 anos, segundo o astrônomo Marcelo Zurita, diretor-técnico da Bramon (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros).

“Esse surto pode gerar centenas, milhares de meteoros por hora, algo bastante impactante para quem observa. Será uma atividade incomum. Talvez a mais intensa em 20 anos”, afirma Zurita.

Com estações em 20 estados brasileiros, a rede de astrônomos autônomos registrou, na madrugada de quinta a chuva de meteoros chamada de ETA Aquáridas. “Em teoria, Norte e Nordeste do Brasil seriam mais privilegiados para observação, mas o tempo não colaborou nestas regiões”, diz Zurita.

Em vez disso, as melhores condições acabaram acontecendo no Sul. Em Monte Claro, região norte catarinense, o céu estava claro, sem nuvens e sem lua, o que possibilitou o registro de 300 meteoros.
“Desses, pelo menos 120 são detritos do cometa Halley, e começaram a aparecer por volta das 3h. São pertencentes à chuva de meteoros ETA Aquáridas”, afirma o astrônomo Jocimar Justino de Souza, da estação da Bramon em Santa Catarina. “Hoje (6), houve registros também, mas foi em menor intensidade, apenas 40”, diz.

Zurita reforça que a ETA Aquáridas será visível até 12 de maio, mas a atividade deve seguir de maneira menos intensa.

Com boas condições do clima, qualquer pessoa pode avistar os meteoros com pequenos telescópios, binóculos e, principalmente, a olho nu. “Como eles são bastante rápidos, podem sair do campo de visão do equipamento com velocidade. A olho nu consegue-se acompanhar a passagem deles com maior eficiência”, explica Souza.

Para observar melhor, a dica é se afastar das luzes da cidade e desligar toda iluminação, para o local ficar o mais escuro possível. “As luzes diminuem a sensibilidade da nossa visão e ofuscam os meteoros mais tênues”, fala Zurita.

O melhor horário para observação é a partir das 2h, com picos no fim da madrugada. “Vai ter que acordar cedo”, diz o astrônomo.

Fonte: Folhapress

 

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