A Sorrent Therapeutics, biofarmacêutica dos EUA, anunciou nesta sexta, 15, que encontrou um anticorpo que neutraliza em 100 por cento o novo coronavírus.

Em testes pré-clínicos houve a inibição completa da infecção pelo vírus da SARS-CoV-2, em células saudáveis, após quatro dias de incubação. Chamado de STI-1499, o novo recurso foi capaz de evitar completamente que o vírus infectasse as células, em testes realizados in vitro, ou seja, não foi testado ser humano ainda.

“Quando o anticorpo impede que um vírus entre na célula humana, o vírus não pode sobreviver. Se eles não conseguem entrar na célula, não podem se replicar. Então, isso significa que, se impedirmos que o vírus pegue a célula, o vírus acabará morrendo. O corpo eliminará esse vírus”, explicou Henry Ji, presidente da Sorrent Therapeutics, em entrevista ao canal americano Fox News. 

O SóNotíciaBoa já divulgou outros estudos com anticorpos de pesquisadores holandeses e do governo de Israel, que também correm para encontrar uma saída contra a doença.

A iniciativa dos EUA propõe um tratamento similar ao método de transfusão de plasma estudado por diferentes centros de pesquisas e já aprovado para testes clínicos pelo Food and Drug Administration (FDA), órgão norte-americano equivalente à Anvisa no Brasil.

Eles esperam submeter o tratamento para aprovação setembro, quando outras pesquisas também vão anunciar resultados mais concretos.

Cura

“Queremos enfatizar que existe uma cura para a Covid-19. Existe uma solução que funciona 100%”, disse Henry Ji.

“Se tivermos o anticorpo neutralizador em nossos corpos, não será preciso distanciamento social. Você pode reabrir a sociedade sem medo”, completou.

Pesquisa antiga

A Sorrento examinou e testou bilhões de anticorpos coletados na última década. 

Eles dizem que isso tornou possível identificar centenas de potenciais candidatos a anticorpos que poderiam se ligar com sucesso às proteínas de pico do coronavírus. 

Os cientistas descobriram que uma dúzia desses anticorpos demonstrou a capacidade de impedir que as proteínas se ligassem à enzima humana ACE2, que é o receptor que um vírus normalmente usa para entrar nas células humanas.