Ibaneis não foi conivente com invasão de 8 de janeiro, indica perícia da PF
Ibaneis prestou depoimento à Polícia Federal, espontaneamente, no dia 13 de janeiro. O emedebista declarou que ficou “absolutamente surpreendido”.
Ibaneis Rocha (MDB) não foi conivente com as invasões das sedes dos Três Poderes e manteve contato durante o dia 8 de janeiro com autoridades locais e federais, é o que diz o relatório da Polícia Federal sobre os celulares do governador afastado do Distrito Federal. O documento da PF foi disponibilizado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (9/2). Coluna Grande Angular, do Metrópoles.
O relatório aponta que Ibaneis fez e recebeu um total de 36 ligações telefônicas entre a véspera da invasão, em 7 de janeiro, e a data dos atos terroristas, no dia 8. A PF conclui que, “pela análise da mídia disponível, considerando todo exposto, de forma cronológica, a investigação não revelou atos do governador Ibaneis em mudar planejamento, desfazer ordens de autoridades das forças de segurança, omitir informações a autoridades superiores do governo federal ou mesmo de impedir a repressão do avanço dos manifestantes durante os atos de vandalismo e invasão.”
De acordo com a PF, após às 15h30 do dia 8/1, quando os atos extremistas estavam em andamento, é possível perceber todo o trato que Ibaneis teve diante da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.
Ibaneis prestou depoimento à Polícia Federal, espontaneamente, no dia 13 de janeiro. O emedebista declarou que ficou “absolutamente surpreendido” com a falta da resistência exigida para a gravidade da situação por parte da Polícia Militar do DF (PMDF).
Afastamento
O ministro do STF Alexandre de Moraes afastou Ibaneis do cargo de governador no dia 8 de janeiro, após a invasão e depredação do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF.
À época da decisão, Moraes afirmou que “absolutamente nada justifica a omissão e conivência do secretário de Segurança Pública e do governador do Distrito Federal com criminosos que, previamente, anunciaram que praticariam atos violentos contra os Poderes constituídos”.
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