Juiz manda soltar médico suspeito de matar morador de rua horas após ser preso

O juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, determinou a soltura do médico Albert Basílio, acusado de assassinar um morador de rua em abril de 2022. A decisão considerou a boa conduta de cooperação do investigado e a desnecessidade de manutenção da custódia cautelar temporária.

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“No caso em tela, a prisão temporária do custodiado, pelo prazo determinado, não se revela mais imprescindível para as investigações do inquérito policial, haja vista que restou demonstrado que, por ocasião do cumprimento do mandado de prisão temporária, o requerente colaborou com as investigações, conforme Termo de Qualificação e Interrogatório, e comprovou suas condições pessoais favoráveis, havendo Certidão Negativa Criminal e identidade profissional que demonstra ocupação lícita. Considerando a boa conduta de cooperação do investigado requerente e o devido acautelamento e prosseguimento das investigações, determino a revogação da prisão temporária de Albert Basílio Medeiros, em razão da fundamentada desnecessidade de manutenção da custódia cautelar temporária, não podendo Albert Basílio Medeiros ausentar-se da Comarca deste juízo até o encerramento das investigações e comparecer obrigatoriamente sempre que intimado. Expeça-se alvará de soltura para imediato cumprimento, devendo o investigado ser posto em liberdade, se por outro motivo não estiver preso. Aguarde-se em Secretaria que a autoridade policial responsável pelas investigações apresente o inquérito policial devidamente relatado e concluído, no prazo legal de 30 (trinta) dias”, aponta trecho da decisão.

O ortopedista foi preso pelo Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) na manhã desta quarta-feira (02/08) em uma clínica ortopédica no Centro de Teresina. Ele foi acusado de cometer homicídio contra Francisco Eudes dos Santos Silva, um morador de rua, que foi encontrado sem vida na rua 7 de Setembro, na praça João Luís Ferreira, no centro da cidade.

O crime teria ocorrido devido a uma briga, em que o morador de rua teria quebrado o vidro do carro do médico para cometer um furto. O delegado Barêtta, diretor do DHPP, afirmou que o médico foi o responsável pelo crime, presenciado por pelo menos 10 testemunhas.

FOTO: 180GRAUS
Barêtta

Delegado Barêtta

A prisão temporária do médico foi solicitada pelo delegado Jorge Terceiro e prontamente decretada pelo magistrado após manifestação do Ministério Público, que considerou os elementos coletados durante o inquérito. Albert teria sido solto solto após passar por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML), não chegou a participar de audiência de custódia.


Fonte: 180graus


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