Médicos da rede estadual do Piauí paralisam atividades segunda (6) e terça (7)

Apenas atendimento de urgência está mantido. Sesapi informou que vai buscar negociar com os profissionais.

Médicos da rede estadual estão paralisando atividades nesta segunda-feira (6) e terça-feira (7) em protesto, segundo o Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) às atuais condições de trabalho nas unidades de saúde do estado. Estão suspensos todos os exames e consultas agendados para os dois dias. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) informou que não foi notificada sobre a paralisação e que vai buscar negociar com a categoria.

Samuel Rego, presidente do Simepi, disse que estão mantidos os atendimentos de urgência, mas em todos os hospitais estaduais tanto do interior, quanto da capital, os exames e consultas estão suspensos hoje e amanhã.

No ambulatório azul do Hospital Getúlio Vargas, a direção informou que todos os procedimentos agendados para os dois dias de operação estão reagendados, respectivamente, para os dias 17 e 18 de junho.

Reivindicações

Segundo o presidente do Sindicato, a paralisação acontece devido a diversos problemas apontados pela categoria. Alguns dos principais, segundo ele, são o atraso de salários em quatro meses para médicos do interior; falta de aparelhos para realização de exames; falta de roupas para profissionais realizarem cirurgias; dentre outros problemas.

“A população do Piauí está desassistida, aumentam mortes e infecções, falta o básico. Não denunciamos só problemas na alta complexidade, falta até roupa pra entrar no centro cirúrgico”, declarou.

Segundo ele, a categoria entende a situação de crise financeira vivida pelo estado, mas os profissionais cobram um melhor gerenciamento da verba para a manutenção dos serviços de saúde.

“Há uma desorganização no gerenciamento, estamos aqui denunciando a situação e estamos em uma tentativa de negociação, mas desde o início do ano aguardamos uma conversa para tentar apontar caminhos e uma solução, porque o está governo perdido. Além do lado financeiro, tem a desorganização, pois o pouco dinheiro que tem, está sendo mal gerenciado”, afirmou.

Veja nota da Secretaria de Estado da Saúde na íntegra:

A Secretaria de Estado da Saúde informa que não foi notificada formalmente da paralisação dos médicos. Apesar disso, já articula, junto à Secretaria de Estado da Administração e Previdência(SEADPREV), uma reunião com a categoria para discutir o ponto central da reivindicações, que é a progressão funcional.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Portal Saiba Mais