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‘Morcegos-vampiros’ atacam rebanhos e causam prejuízos a pecuaristas em Conceição do Canindé

Pecuaristas dos municípios de Conceição do Canindé e Floresta do Piauí, no Sul do Piauí, vivem um drama com os prejuízos causados por morcegos. Rebanhos estão surgindo com manchas de sangue pelo corpo, e a suspeita é que estejam sendo mordidos.

O criador de ovelhas Alano Coelho, morador da Zona Rural de Conceição do Canindé, relatou que em menos de uma semana, 30 ovelhas de seu rebanho surgiram com manchas de sangue pelo corpo. Outros animais foram atacados no período, como é o caso do jumento do agricultor Francisco Rufino Gomes, que apareceu com uma suposta mordida no pescoço.

Os morcegos hematófagos, conhecidos também como morcegos-vampiros, têm hábitos noturnos e alimentam-se de sangue de animais. Os ataques não são incomuns na região, mas os agricultores alegam que a situação se tornou preocupante, já que o animal é um dos principais transmissores do vírus da raiva.

“Tenho muita preocupação, pois fico sempre na movimentação com a criação e aí a gente não vai saber quando os animais estão doentes. O morcego transmite essa doença que temos tanto medo”, disse Alano Coelho.

O criador contou ainda que suas ovelhas tinham peso e tamanho ideais antes dos ataques frequentes. “Eu tinha muito gosto da minha criação há tempos atrás. Os animais eram gordos, sempre com mais de 20kg, e hoje eles estão atrofiados, magros e pequenos”, completou.

Nilson Aristão, outro criador da região, também destacou que suas cabras começaram a apresentar problemas no crescimento após as mordidas. “A partir do momento que o morcego pega o animal, você já vê uma diferença. O crescimento dela muda, fica muito fraquinho”, disse.

Captura de morcegos

A captura dos morcegos ocorre no cair da noite. O Piauí conta com somente uma equipe da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi) treinada para a função.

O agricultor José Barbosa, que perdeu mais de 10 cabeças de ovelha neste ano, no período em que os ataques de morcegos se intensificaram, solicitou ajuda da Adapi para uma redução no prejuízo. Os profissionais atuam na captura dos animais em currais, e também no georreferenciamento da região.

“A outra forma é a gente tentar localizar as furnas localizadas na região para fazermos o georreferenciamento, para que em casos de surto de raiva, por exemplo, nós saibamos onde os morcegos estão”, explicou Benedito Barbosa, médico veterinário da Adapi.

Para a captura dos morcegos, são armadas redes nos currais e os próprios animais agem como iscas. O local é monitorado durante toda a madrugada, e quando um morcego é capturado, passa por um processo onde é aplicada uma pasta feita a partir de substância anticoagulante em seu dorso. Após a ação, o animal retorna ao seu habitat.

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Fonte: G1 e Diário do Itaim


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