Mulher perde parte do nariz após cirurgia estética: ‘Enganada’

Elielma Carvalho, residente da região metropolitana da capital, expressa seu sentimento de engano após uma cirurgia estética realizada em 2020 pelo dentista Igor Leonardo Soares Nascimento. O procedimento, denominado alectomia, visava a redução das abas nasais, mas resultou na perda parcial do nariz de Elielma. Com informações do Metrópoles.

A Polícia Civil está conduzindo uma investigação sobre Igor Leonardo e outros três dentistas por exercício ilegal da medicina. Os procedimentos realizados pelos profissionais não possuem a devida autorização para a categoria profissional da odontologia. Na quarta-feira (22/11), mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos consultórios dos dentistas, e seus perfis nas redes sociais foram retirados do ar por decisão judicial.

Elielma Carvalho, em entrevista à TV Anhanguera, compartilhou sua frustração: “Eu me sinto enganada, porque, quando eu fui à clínica dele, ele falou que era capacitado para fazer essa cirurgia, mostrou fotos de pessoas que já tinham feito. Ele me passou confiança.”

A alectomia foi realizada em junho de 2020, e inicialmente, Elielma acreditava no sucesso da operação. No entanto, ela começou a experimentar fortes dores e alterações no rosto, levando a 17 cirurgias reparadoras subsequentes, incluindo enxertos de pele e gordura, e a reconstrução de uma das narinas. Atualmente, ela depende de um alargador no nariz para respirar.

Em resposta às alegações de Elielma, Igor Leonardo afirmou, em janeiro deste ano, que o problema não decorreu da cirurgia, mas sim de uma síndrome desenvolvida após o uso de medicamentos, causando necrose. Ele assegurou ter fornecido todo o atendimento necessário à paciente. Após a recente investigação, o profissional e sua defesa ainda não se manifestaram.

Além dos danos físicos, Elielma enfrenta problemas psicológicos, abandonando suas atividades e profissão por vergonha do próprio rosto. Em janeiro deste ano, Igor Leonardo foi indiciado por exercício ilegal da medicina e lesão corporal. Se tornou réu na Justiça e teve seu registro profissional suspenso pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO-GO) em maio.

O procedimento de alectomia foi proibido para dentistas em agosto de 2020 pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), devido à observação de profissionais extrapolando suas áreas de atuação. O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) reiterou que o procedimento é um ato médico e deve ser realizado exclusivamente por médicos, enfatizando o rigor no combate ao exercício ilegal da medicina.

Fonte: Metrópoles.


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