Na mira dos criminosos: policiais viram vítimas de latrocínios em Teresina e relatam insegurança

Cleto de Paula Cortez, José Valdek e Cláudio Marcelo Melo do Nascimento estiveram na mira de criminosos em ocorrências que amedrontam pela audácia e pela violência.

Casos de policiais que têm sido vítimas de criminosos tem causado espanto em Teresina. Nos últimos dois meses, três policiais foram vítimas de crimes que atentaram contra suas vidas na capital, sendo que dois morreram após serem baleados.

Cleto de Paula Cortez, José Valdek e Cláudio Marcelo Melo do Nascimento estiveram na mira de criminosos em ocorrências que amedrontam pela audácia e pela violência.

Policiais do Piauí se tornaram alvos de criminosos em Teresina (Foto: Divulgação)

CASOS IDÊNTICOS

Em abril, no dia 21, o sargento da Polícia Militar do Piauí (PM-PI), Cleto de Paula Cortez foi morto com tiros na cabeça e no tórax em uma suposto assalto no bairro São Cristóvão, na zona Leste da capital.

No dia 7 de maio, o Policial Civil José Valdek foi baleado em um assalto no bairro Mocambinho. Após 17 dias internado, ele acabou morrendo. O policial também teve a sua arma levada pela dupla de criminosos que chegou ao local em uma moto, efetuou os disparos e o roubaram.

No mesmo mês, no dia 31, o policial civil Cláudio Marcelo Melo do Nascimento foi baleado e também teve a sua arma roubada em uma tentativa de latrocínio enquanto estava em um bar no bairro Lourival Parente, na zona Sul da capital.

Sargento da Polícia Militar, Cleton de Paula Cortez e policial civil José Valdek foram assassinados em Teresina (Foto: Montagem / OitoMeia)

INSEGURANÇA E CUIDADOS REDOBRADOS

Se com uniforme os policias civis e militares se sentem inseguro, o risco que se corre quando o agente está a paisana pode ser ainda maior. O policial civil, Nilton do Monte, disse ao OitoMeia que todos os dias os policiais correm riscos ao sair à ruas. Segundo ele, os criminosos estão se sentido mais confiantes por conta das lacunas deixadas pela justiça.

“Hoje nós estamos correndo um risco muito grande porque os bandidos estão se sentindo seguros por causa da legislação. A justiça tem soltado muita gente. Às vezes tem criminoso que é preso duas, três vezes, vai pra audiência de custódia, comete outro crime e volta novamente. Então está sendo corriqueiro. O policial hoje está se sentindo inseguro porque o estado não dá condições dele poder se defender e não tem uma legislação mais dura para poder manter o bandido na cadeia”, lamenta o policial.

Nilton ainda informa que, atualmente, vê os criminosos sem respeito aos policiais.

“Infelizmente eles (criminosos) perderam o respeito pela polícia. A polícia hoje não se tem mais respeito”, pontuou Nilton.

Ao OitoMeia, o Cabo Mota afirmou que quando está sem o uniforme da polícia sente a necessidade de redobrar os cuidados com a sua segurança, sobretudo se estiver com a família em um local público e aberto.

“Quando eu estou a paisana é aí que eu dobro minha segurança. Quando eu estou fardado eu represento o estado, quando eu estou na folga eu estou só com minha família, por isso que a minha segurança dobra. E é preciso que cada policial saiba o local onde ele vai andar. Ele não pode sair à vontade para o bar. Ele não pode andar com a cara pra cima em churrascaria, passar três ou quatro horas bebendo”, comentou o policial.

Cabo Mota (Foto: Reprodução)

O OitoMeia buscou o Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi), para tratar sobre o assunto. No entanto, até o fechamento desta matéria, não obteve respostas.

Por Oitomeia

 

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