Número de mortes por ataques cardíacos em casa cresce durante isolamento

Cardiologista Jocerlano Souca chama a atenção de pacientes com resistência a tratamento

O isolamento social, seguido por grande parte da população para conter o avanço do novo coronavírus, alertou para o crescimento no número de mortes por ataques cardíacos em casa. De acordo com o cardiologista Jocerlano Sousa, há dois fatores que contribuem para estatística: o medo do paciente em ir ao hospital devido à infecção da Covid-19 e o próprio efeito do vírus no corpo da pessoa infectada.

 Cardiologista Jocerlano Sousa. Foto: Reprodução Rede Sociais. 

“Acredita-se que isso dá por dois motivos. O primeiro, o receio do paciente de buscar assistência médica. Às vezes, ele tem um sintoma mais leve, que não valoriza tanto, e tem receio de procura ajuda por causa da infecção do coronavírus nos hospitais e, por isso, o paciente não procura o serviço por conta disso. O segundo é o feito do próprio vírus danificando algumas estruturas do coração e, portanto, aumentando o risco de morte cardíaca”, alertou Jocerlano.

O médico alerta ainda que é consenso científico que o isolamento social reduz a disseminação do coronavírus. Contudo, o grupo mais vulnerável à Covid-19, como os pacientes cardíacos, não deixe de procurar por ajuda médica.

“O paciente que é cardiopata, que tenha alguma doença no coração, se tiver algum dos sintomas que fogem da rotina, como uma dor e aperto no peito, que piora com atividade física ou esforço em casa, cansaço diferente, aceleração muito rápida no coração, sensação de desmaio, devem procurar assistência médica. Inicialmente, se tiver o contato direto com o seu médico, que busque orientação por telefone ou se não, diretamente no serviço de Pronto Atendimento da sua região”, finalizou.

Um levantamento publicado recentemente pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista apontou uma queda de 50% no número de atendimentos a pacientes com infarto no país no mês de março se comparado ao mesmo período do ano passado. 

Edição: Adriana Magalhães
Por: Jorge Machado

Portal O Dia

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