Patrocínio na camisa dos clubes sofre forte abalo financeiro com pandemia

Entre as empresas que mais patrocinam clubes estão as companhias aéreas, as redes hoteleiras e alimentares. O patrocínio delas, neste momento, está sendo drasticamente reduzido, em termos de valores. As informações são de R7.

“O que acontece é que essa pandemia causou perdas ainda mais graves do que as da quebra da bolsa de Nova York em 1929. É uma questão de saúde, por isso ainda mais delicada. Não dá para dizer que seja muito difícil outra ocorrer, mas é um caso atípico. Mesmo assim, a partir dela, as empresas deverão se precaver mais quando assinarem contratos. Isso vale para os patrocinadores dos clubes de futebol”, diz o consultor esportivo Antonio Afif.

A Emirates patrocina clubes como Milan, Arsenal e Real Madrid suspendeu seus voos comerciais e reduziu de forma ampla os salários, desta forma, já pleiteia uma diminuição nos valores pagos pelo patrocínio a esses clubes.

A AFP informou ainda que a rede de restaurantes francesa Bistro Régent suspendeu temporariamente seu contrato com o Bordeaux, do qual é o principal patrocinador, desembolsando até então US$ 1,5 milhão (R$ 8,5 milhões) por ano. A opção pela interrupção foi porque “não há benefício”, segundo disse o diretor da empresa, Marc Vanhove, à agência.

Já a PSG, agremiação com maior poder financeiro do mundo, segundo a Soccerex,  não deverá receber a segunda parcela, do contrato anual de 65 milhões de euros (R$ 367 milhões) para exposição na camisa.

“Quando você é patrocinador, o que você quer é visibilidade”, disse o CEO do grupo Accor, Sébastien Bazin, à emissora francesa Europa 1. O clube aproveitou a oportunidade para, em vez do nome da marca, estampar a mensagem “All United”, para arrecadar fundos para o combate à covid-19.

Relatório da empresa de auditoria internacional KPMG estima que a receita total das cinco principais ligas europeias – liga inglesa Premier, liga espanhola, Bundesliga alemã, Serie A da Itália e Ligue 1 da França – sofreu perdas de cerca de US$ 4,33 bilhões (R$ 24,3 bilhões). Na área de receita comercial e de patrocínio a queda foi em torno de US$ 160 milhões (R$ 904 milhões).

Se não há jogo, não há plateia. Não há patrocínio. E, indo mais além, no caso de uma companhia aérea, se não há clientes, não há voo e não há motivo para expor a marca. A engrenagem do futebol e do mundo está parada.

 

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